• Documento 'não é do banco, mas de um analista', declarou o presidente mundial do Santander, Emilio Botín
Mariana Sallowicz - O Estado de S. Paulo
RIO - Em meio à polêmica gerada após o Santander ter enviado neste mês aos clientes de mais alta renda de sua carteira um extrato no qual apontava risco de deterioração da economia brasileira em caso de reeleição da presidente Dilma Rousseff, o presidente mundial do Santander, Emilio Botín, afirmou hoje que o informe "não é do banco, mas de um analista". Segundo o presidente da instituição financeira, foram tomadas medidas internas sobre o episódio.
Botín acrescentou que o presidente da instituição no Brasil, Jesús Zabalza, já prestou esclarecimentos às autoridades e a presidente Dilma Rousseff. Após a declaração do presidente, o banco Santander informou que todas as pessoas responsáveis pela elaboração e aprovação do informe serão demitidas. Não foi informada a data de quando isso ocorrerá, uma vez que o caso ainda está em apuração.
"Para o banco Santander, o Brasil é um País importantíssimo", disse, acrescentando que a instituição financeira já investiu US$ 27 bilhões, montante referente ao valor desde quando está presente no Brasil, em 1982.
No dia 1º de julho, o banco enviou aos seus clientes do segmento Select, que ganham mais de R$ 10 mil por mês, o informe afirmando que se a presidente Dilma Roussef se estabilizar nas pesquisas de opinião para as eleições de outubro ou voltar a subir a Bolsa irá cair, os juros vão subir e o câmbio se desvalorizará.
O presidente do Santander participou de uma coletiva de imprensa no Rio, ao lado do presidente da Telefónica, Cesar Alierta, para o lançamento de uma plataforma de e-learning.
Hoje , terá início o III Encontro Internacional de Reitores Universia 2014, promovido pelo Santander, no Riocentro, no Rio. A presidência foi convidada. O vice-presidente Michel Temer participaria do evento, mas, segundo o Santander, informou que não irá mais do evento.
Espontaneamente, o presidente da Telefónica também se posicionou sobre o caso. Segundo ele, A Telefónica e o Santander são duas empresas que investiram no Brasil "quando ninguém queria apostar e renovaram os seus investimentos". "Estamos convencidos que o futuro do Brasil é espetacular"
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