• Segundo auxiliares, Janot fará denúncias contra políticos antes de votação
Cristiane Jungblut, Chico de Gois e Germano Oliveira - O Globo
- BRASÍLIA E SÃO PAULO- Apesar do voto contrário do senador Fernando Collor, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que atuará com “grandeza e isenção” na votação da recondução de Rodrigo Janot como procuradorgeral da República.
Ele disse que a sabatina e a votação serão mesmo no dia 26 e não quis comentar o voto em separado de Collor.
— Vou demonstrar completa isenção, grandeza como presidente do Senado. Vamos fazer a sabatina na quarta e vou conversar com os líderes para que votemos no mesmo dia. Isso para que, definitivamente, o Senado possa demonstrar que não vai permitir o amesquinhamento dessa apreciação — disse Renan, que também está na lista dos investigados na operação Lava-Jato.
Na última segunda-feira, Janot se reuniu com o presidente do Senado. Renan garantiu que eles não falaram de LavaJato. Segundo auxiliares, Janot teria decidido apresentar denúncias contra políticos antes da sabatina no Senado justamente para não ser acusado de ter esperado o aval ou a recusa dos senadores para acusar parlamentares de crimes.
Caso Dirceu: mais prazo à PF
O juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava-Jato, decidiu prorrogar por mais 15 dias o prazo para a Polícia Federal concluir o inquérito policial contra o exministro José Dirceu, seu irmão Luiz Eduardo de Oliveira e Silva e a empresa JD Assessoria e Consultoria Ltda.
O prazo para a conclusão do inquérito policial venceu na segunda- feira, mas a PF pediu mais tempo para terminar as investigações, alegando acúmulo de trabalho e a “imprescindibilidade de conclusão dos exames periciais” e dos relatórios de análise da documentação apreendida no dia em que o Dirceu foi preso, 3 de agosto.
No despacho em que decidiu prorrogar a conclusão do inquérito, Moro diz que já há provas do envolvimento dos investigados na prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
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