Por: Valéria de Oliveira – Portal do PPS
O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), saudou a decisão do PSDB de procurar o PMDB para conversar sobre a crise e o eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Eu estive com Aécio e conversei sobre isso. Acho que está correta essa iniciativa do PSDB. É o que precisa ser feito”, disse Freire.
Segundo Roberto Freire, os partidos de oposição devem ficar preparados “para cumprir seu papel” no caso de o impeachment se impor como solução para a crise. A conversa com o presidente do PSDB foi, conforme explicou Freire, “sobre a resposta que as oposições têm que dar ao que a cidadania nas ruas está exigindo das forças políticas, em especial de nós, da oposição”.
Freire classificou de “fato mais alvissareiro de todas as articulações das oposições” a decisão dos tucanos de procurar o PMDB.
Dilma
Na avaliação de Roberto Freire, Dilma não está mais forte por causa das últimas articulações que o governo tem feito. “São acordos palacianos, e a incapacidade do governo para enfrentar a crise não vai ser resolvida com algumas ações. As coisas estão indo de mal a pior”.
Sobre a aproximação do Palácio do Planalto com empresários, Freire afirmou que eles ainda não vislumbraram que o melhor para o país não é a continuidade do que aí está.
“Isso aconteceu também com Fernando Collor. Num determinado momento do processo, o empresariado brasileiro, a banca financeira e a própria imprensa começaram a temer o que poderia vir no pós-Collor, mas chegou o momento em que se avistou que, para o bem do Brasil, era melhor ter um pós-Collor do que continuar com ele”, lembrou.
Para Roberto Freire, as medidas propostas na chamada “Agenda Brasil” não têm nenhum sentido. “Isso foi uma forma que o governo encontrou para se segurar com Renan Calheiros. Um governo que vinha ladeira abaixo e, com essa aproximação, conseguiu uma ligeira oxigenação”.
O presidente do PPS ressaltou que na “agenda” chegou a ter medidas tão absurdas como acabar com o SUS (Sistema Único de Saúde), com a implantação da cobrança por procedimentos. “Dilma e Lula saudaram isso como a oitava maravilha do mundo. Era tão absurdo que depois tiveram que retirar”.
O sinal, segundo Freire, de que não se tratava de algo bom para o país foi sentido quando a sociedade percebeu que se tratava apenas de segurar a queda acentuada do governo. No entender de Freire, a “Agenda Brasil” não dará frutos porque o atual governo já cumpriu com seu papel.
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