DEU EM O ESTDO DE S. PAULO
Para integrantes do PSDB, artigo de FHC expõe o diagnóstico do partido sobre conjuntura política atual
Julia Duailibi, Lucas de Abreu Maia
Na esteira das declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para quem "eleições não se ganham com o retrovisor", os tucanos reforçaram a estratégia de comparar a biografia da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, com a do governador de São Paulo, José Serra. Para integrantes do PSDB, o artigo de FHC, publicado ontem no Estado, expõe o diagnóstico feito pela cúpula do partido sobre a conjuntura política atual.
"A ministra tem de esquecer essa história de comparação com governo Fernando Henrique. Seu desafio é mostrar que é melhor para o País. Vamos discutir o governador Serra e a ministra Dilma. A forma como um trabalhou publicamente a vida inteira, e a outra, que não fez nada e promove um festival de ações contr a lei", disse o presidente do PSDB, Sérgio Guerra.
Na avaliação do deputado Arnaldo Madeira (SP), o artigo é "um belo resumo da posição do PSDB". "O tom da conversa é esse. Há hoje uma ideia clara de que há uma continuidade da política econômica. Os programas sociais foram mantidos e ampliados. É o que o partido vem dizendo internamente. Mas a campanha não será focada entre Fernando Henrique e Lula. Será para frente, para o que os candidatos irão fazer."
No PSDB, há, no entanto, quem questione se a crítica do ex-presidente a Lula, ao dizer que o petista tem "impulsos toscos" e "enuncia inverdades", não acaba dando munição ao governo. Para alguns tucanos, o partido cai na armadilha petista ao alimentar o bate-boca.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), repetiu o argumento do ex-presidente de que a atual gestão "pegou o governo complicado, mas por culpa do Lula" - uma referência ao temor no mercado financeiro de que o petista adotasse políticas econômicas mais à esquerda. O senador também chamou de "desonesta" a comparação entre o crescimento econômico do governo atual e o anterior. "Tem de olhar o crescimento comparado ao dos países vizinhos e concorrentes. Hoje, o Brasil cresce menos", disse.
Para o senador José Agripino Maia (DEM-RN), o ex-presidente "coloca verdades insofismáveis" em seu artigo. "Lula procura convencer as pessoas de coisas cujo mérito não é dele", afirmou. "Vamos dar a César o que é de César, é isso o que o Fernando Henrique está fazendo."
Ao comentar o artigo de FHC, o presidente do PSDB de Minas, deputado Nárcio Rodrigues, disse que "o governo Lula não teria feito 10% do que fez se não fossem as bases plantadas por Fernando Henrique em seus oito anos". Para Rodrigues, o discurso de comparação de Lula não fortalecerá a campanha de Dilma Rousseff. "O jogo com a Dilma é outro", disse.
Colaborou Ivana Moreira
Para integrantes do PSDB, artigo de FHC expõe o diagnóstico do partido sobre conjuntura política atual
Julia Duailibi, Lucas de Abreu Maia
Na esteira das declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para quem "eleições não se ganham com o retrovisor", os tucanos reforçaram a estratégia de comparar a biografia da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, com a do governador de São Paulo, José Serra. Para integrantes do PSDB, o artigo de FHC, publicado ontem no Estado, expõe o diagnóstico feito pela cúpula do partido sobre a conjuntura política atual.
"A ministra tem de esquecer essa história de comparação com governo Fernando Henrique. Seu desafio é mostrar que é melhor para o País. Vamos discutir o governador Serra e a ministra Dilma. A forma como um trabalhou publicamente a vida inteira, e a outra, que não fez nada e promove um festival de ações contr a lei", disse o presidente do PSDB, Sérgio Guerra.
Na avaliação do deputado Arnaldo Madeira (SP), o artigo é "um belo resumo da posição do PSDB". "O tom da conversa é esse. Há hoje uma ideia clara de que há uma continuidade da política econômica. Os programas sociais foram mantidos e ampliados. É o que o partido vem dizendo internamente. Mas a campanha não será focada entre Fernando Henrique e Lula. Será para frente, para o que os candidatos irão fazer."
No PSDB, há, no entanto, quem questione se a crítica do ex-presidente a Lula, ao dizer que o petista tem "impulsos toscos" e "enuncia inverdades", não acaba dando munição ao governo. Para alguns tucanos, o partido cai na armadilha petista ao alimentar o bate-boca.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), repetiu o argumento do ex-presidente de que a atual gestão "pegou o governo complicado, mas por culpa do Lula" - uma referência ao temor no mercado financeiro de que o petista adotasse políticas econômicas mais à esquerda. O senador também chamou de "desonesta" a comparação entre o crescimento econômico do governo atual e o anterior. "Tem de olhar o crescimento comparado ao dos países vizinhos e concorrentes. Hoje, o Brasil cresce menos", disse.
Para o senador José Agripino Maia (DEM-RN), o ex-presidente "coloca verdades insofismáveis" em seu artigo. "Lula procura convencer as pessoas de coisas cujo mérito não é dele", afirmou. "Vamos dar a César o que é de César, é isso o que o Fernando Henrique está fazendo."
Ao comentar o artigo de FHC, o presidente do PSDB de Minas, deputado Nárcio Rodrigues, disse que "o governo Lula não teria feito 10% do que fez se não fossem as bases plantadas por Fernando Henrique em seus oito anos". Para Rodrigues, o discurso de comparação de Lula não fortalecerá a campanha de Dilma Rousseff. "O jogo com a Dilma é outro", disse.
Colaborou Ivana Moreira
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