Vera Magalhães
Surpresos com a revelação, em artigo ontem na Folha, de que Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) declarará vagos mandatos de condenados no mensalão, petistas acusam o novo presidente da Câmara de descumprir promessa de campanha e mudar seu discurso em retaliação às traições atribuídas ao PT na eleição da Mesa. Deputados lembram ainda que Valdemar Costa Neto (PR-SP) agiu para retirar Inocêncio Oliveira (PR-PE) do páreo, evitando indigesto segundo turno.
Tá quente. "Ele [Alves] não tem sustentação política para tomar decisão de ofício", diz um parlamentar petista que defende rito prolongado para dar sobrevida a José Genoino (PT-SP), João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Costa Neto.
Tá frio. A conduta do peemedebista, contudo, encontra respaldo em setores do PT que tentam "virar a página do mensalão" e diminuir a tensão institucional. "A Câmara não pode mais ficar sob fogo cruzado", contemporiza um petista da ala moderada.
Fonte: Folha de S. Paulo / Painel
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