- Valor Econômico
BRASÍLIA - Em 17 dias, a "vaquinha" virtual contra a "perseguição" da Justiça ao ex-presidente Lula só arrecadou metade da meta. O petista, que é réu em cinco ações penais, conseguiu juntar R$ 250 mil na campanha que terminou neste sábado.
Em 2016, dois petistas tiveram melhor desempenho em arrecadações e bateram metas: em dois dias, a então presidente afastada Dilma Rousseff amealhou mais de R$ 500 mil para financiar viagens contra o "golpe". O ex-presidente do partido preso no mensalão, José Genoino, recebeu R$ 90 mil em nove dias, com vistas a lançar um livro sobre o tempo no Complexo Penitenciário da Papuda.
O movimento "Um Brasil justo pra todos e pra Lula", que queria arrecadar R$ 500 mil, denuncia "manipulação arbitrária da lei" e um "vale-tudo acusatório" contra o ex-presidente.
Na última segunda-feira, o juiz federal Sergio Moro aceitou mais uma denúncia contra o petista, que passou a ser réu em cinco ações penais — três no âmbito da Operação Lava-Jato, uma na Zelotes e outra na Janus.
Estudantes e militantes de movimentos sociais também estariam sob risco com o "vale-tudo acusatório", argumenta o grupo. "As acusações e processos judiciais contra o ex-presidente Lula sintetizam, hoje, atentados cada vez mais frequentes contra estudantes, trabalhadores sem terra, sindicalistas e lideranças de movimentos sociais que se mobilizam por democracia e direitos sociais", diz o portal da organização.
Cerca de 2.200 pessoas contribuíram para a campanha. Em média, cada uma doou R$ 110. A arrecadação média diária foi de R$ 14.700. A maior fatia do recurso — previsto para ser usado somente no primeiro semestre de 2017 — irá para a divulgação do movimento na internet. Outros valores serão gastos com "mobilização e eventos". Ações internacionais para defender Lula também são previstas.
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