sábado, 11 de março de 2023

Alvaro Costa e Silva - Muambeiro como em velhos tempos

Folha de S. Paulo

O capitão volta ao tempo da caserna, quando tinha fama de muambeiro

Para desviar a atenção do escândalo das joias, vale tudo. Até subir na tribuna da Câmara de peruca e completar o papel ridículo atacando mulheres trans no Dia Internacional da Mulher. O exibicionismo do deputado federal de extrema direita, o mais votado do país nas últimas eleições, visava testar os limites do novo Congresso e reverter a situação nas redes. Em seu campo preferido de atuação, o bolsonarismo se vê encurralado com postagens em tom de denúncia e com pedidos de explicações e cumprimento da lei.

Flávio Bolsonaro também tentou uma manobra diversionista. Anunciou o que seria a volta triunfal do papai, que em dezembro se mandou para os EUA, torrando dinheiro dos cofres públicos e implorando um encontro com Trump. Marcou a data: dia 15 deste mês. Com a repercussão negativa, apagou o tuíte 14 minutos depois.

O estilo da publicação estava revestido de bolor: "O nosso Johnny Bravo volta para o Brasil. Já pode pendurar a bandeira verde e amarela e vestir as cores do nosso país. Juntos, vamos fazer uma oposição forte e responsável". O senador foi cobrado objetivamente sobre a série de ações na Justiça Eleitoral que devem resultar na perda dos direitos políticos do ex-presidente.

Apenas os fanáticos da seita –que passaram pano para as rachadinhas, o cheque de Queiroz para a primeira-dama, os imóveis comprados com dinheiro vivo, o orçamento secreto e a corrupção dos pastores na Saúde– acreditam na salvação de Bolsonaro. Sua imagem de homem simples e honesto está destruída. O PL já o abandonou; tenta agora investir na improvável candidatura a presidente de Michelle Bolsonaro.

Revelada com depoimentos e imagens, a operação para liberar o pacote de joias milionárias envolveu assessores do ex-presidente, militares e a cúpula da Receita Federal. Longe do poder, o capitão volta ao tempo da caserna, quando gozava a fama de açambarcador e muambeiro.

 

5 comentários:

Anônimo disse...

Johnny Bravo? O sobrenome indicaria o estado do GENOCIDA ao saber que suas várias tentativas de recuperar a muamba da micheque foram insuficientes?

Anônimo disse...

Sacanagem com o Johnny Bravo.

Anônimo disse...

Michê e Muambo formam um casal digno um do outro.
Carluxo, enfim, deve ter razão, coitado, apaixonado pelo pai e desprezado pela madrasta...

Anônimo disse...

Acho que o bolsonarinho queria dizer "nosso Donald Trump tropical". Estaria mais próximo da verdade! Mesmo que ele não saiba o que é esta.

ADEMAR AMANCIO disse...

Álvaro Costa e Silva.