DEU EM O GLOBO
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu publicou ontem em seu blog que de fato recebeu honorários do empresário Nelson dos Santos (da Eletronet): "Não recebi uma bolada de R$ 620 mil, mas R$ 20 mil mensais por 31 meses de trabalho. Não é dinheiro fácil.”
Dirceu: "É trabalho, não é dinheiro fácil"
Ex-ministro admite ter ganho R$ 620 mil por assessoria a empresário da Eletronet
SÃO PAULO. O ex-ministro da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu (PT-SP) voltou a usar o seu blog para rebater as acusações de que fez lobby em favor do empresário Nelson dos Santos, da Eletronet — empresa que o governo pretende usar para implantar um plano nacional de banda larga.
Pela primeira vez, Dirceu mencionou o valor recebido de Santos. Segundo ele, foram R$ 20 mil mensais por um contrato de assessoria que durou de março de 2007 a setembro de 2009.
“Há que deixar claro que não recebi uma bolada de R$ 620 mil, como parte da imprensa insiste em deixar no ar, mas R$ 20 mil mensais, durante 31 meses de trabalho prestado, o que demandou viagens, reuniões e muita preparação. É trabalho, não é dinheiro fácil”, escreveu ele.
Dirceu afirmou que a consultoria que prestou a Santos “foi a respeito de cenários para investimentos em países da América Latina no setor elétrico; legislação e regulação nos países latino-americanos; e avaliação da situação político-econômica no continente”.
“Não sou lobista, nunca fiz lobby”, anotou no blog.
Dirceu repetiu que o contrato foi assinado dois anos antes de o empresário assumir a Eletronet. Na sequência, frisou que em maio de 2007 — “dois meses depois do início da minha consultoria” — o governo desistiu de estudar um projeto de recuperação financeira para a companhia.
“Se a consultoria que prestei a uma das empresas de Nelson dos Santos foi mesmo sobre a Eletronet e se eu sou de fato lobista, como me acusa parte da imprensa, gostaria de saber por que, dois meses após o início do contrato de consultoria, o governo brasileiro tomou uma decisão contrária aos interesses dos controladores privados da Eletronet?”, perguntou ele.
Sobre o fato de só agora ter falado sobre a remuneração recebida, Dirceu escreveu que “qualquer contrato de consultoria econômica tem uma cláusula de confidencialidade, que deve ser respeitada pelo consultor”.
“Agora que o próprio contratante deu informações à Folha (ao jornal ‘Folha de S.Paulo’) sobre esse documento, (...), também me sinto à vontade para fazer os esclarecimentos aqui presentes.” No início de seu texto, o ex-ministro afirmou que seu objetivo “é que não pairem dúvidas sobre este episódio e sobre as minhas atividades profissionais”.
Segundo ele, o episódio tem servido a propósitos eleitorais.
“A campanha eleitoral começou. Os ataques da mídia também. Outros virão, e temos que estar preparados. (...) A eleição presidencial deste ano será a mais dura que o PT já enfrentou. Mas vamos superar as calúnias, vencer as eleições e continuar com os projetos do PT e do governo do presidente Lula”, escreveu Dirceu.
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu publicou ontem em seu blog que de fato recebeu honorários do empresário Nelson dos Santos (da Eletronet): "Não recebi uma bolada de R$ 620 mil, mas R$ 20 mil mensais por 31 meses de trabalho. Não é dinheiro fácil.”
Dirceu: "É trabalho, não é dinheiro fácil"
Ex-ministro admite ter ganho R$ 620 mil por assessoria a empresário da Eletronet
SÃO PAULO. O ex-ministro da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu (PT-SP) voltou a usar o seu blog para rebater as acusações de que fez lobby em favor do empresário Nelson dos Santos, da Eletronet — empresa que o governo pretende usar para implantar um plano nacional de banda larga.
Pela primeira vez, Dirceu mencionou o valor recebido de Santos. Segundo ele, foram R$ 20 mil mensais por um contrato de assessoria que durou de março de 2007 a setembro de 2009.
“Há que deixar claro que não recebi uma bolada de R$ 620 mil, como parte da imprensa insiste em deixar no ar, mas R$ 20 mil mensais, durante 31 meses de trabalho prestado, o que demandou viagens, reuniões e muita preparação. É trabalho, não é dinheiro fácil”, escreveu ele.
Dirceu afirmou que a consultoria que prestou a Santos “foi a respeito de cenários para investimentos em países da América Latina no setor elétrico; legislação e regulação nos países latino-americanos; e avaliação da situação político-econômica no continente”.
“Não sou lobista, nunca fiz lobby”, anotou no blog.
Dirceu repetiu que o contrato foi assinado dois anos antes de o empresário assumir a Eletronet. Na sequência, frisou que em maio de 2007 — “dois meses depois do início da minha consultoria” — o governo desistiu de estudar um projeto de recuperação financeira para a companhia.
“Se a consultoria que prestei a uma das empresas de Nelson dos Santos foi mesmo sobre a Eletronet e se eu sou de fato lobista, como me acusa parte da imprensa, gostaria de saber por que, dois meses após o início do contrato de consultoria, o governo brasileiro tomou uma decisão contrária aos interesses dos controladores privados da Eletronet?”, perguntou ele.
Sobre o fato de só agora ter falado sobre a remuneração recebida, Dirceu escreveu que “qualquer contrato de consultoria econômica tem uma cláusula de confidencialidade, que deve ser respeitada pelo consultor”.
“Agora que o próprio contratante deu informações à Folha (ao jornal ‘Folha de S.Paulo’) sobre esse documento, (...), também me sinto à vontade para fazer os esclarecimentos aqui presentes.” No início de seu texto, o ex-ministro afirmou que seu objetivo “é que não pairem dúvidas sobre este episódio e sobre as minhas atividades profissionais”.
Segundo ele, o episódio tem servido a propósitos eleitorais.
“A campanha eleitoral começou. Os ataques da mídia também. Outros virão, e temos que estar preparados. (...) A eleição presidencial deste ano será a mais dura que o PT já enfrentou. Mas vamos superar as calúnias, vencer as eleições e continuar com os projetos do PT e do governo do presidente Lula”, escreveu Dirceu.
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