DEU NO VALOR ECONÔMICO
Heloisa Magalhães, Paola de Moura e Chico Santos, do Rio
Secretário-geral do Ministério da Fazenda na gestão Karlos Rischbieter (1979), aos 34 anos, presidente do BNDES no governo José Sarney (1987-89), deputado federal por três mandatos, Marcio Fortes é uma das peças-chave da estratégia tucana para 2010. Desde o ano passado mudou-se do Rio para São Paulo para presidir a Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa) e ficar mais próximo das articulações do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), à Presidência.
No partido desde 1994, Fortes ocupou a estratégica secretaria geral do partido e pela proximidade com o mundo dos negócios - foi presidente da João Fortes Engenharia, criada por seu pai - abriu caminho para tornar-se tesoureiro da campanha de Serra em 2002.
Aos 65 anos, Fortes deverá se desincompatibilizar da Emplasa para entrar na campanha fluminense como vice do deputado Fernando Gabeira (PV) na disputa pelo governo do Rio com a missão de garantir um palanque forte para Serra no Estado.
Olhando do centro do ninho tucano, Fortes afirma que o fiel da balança das eleições presidenciais deste ano será Minas Gerais. Por isso, não vê outra opção para vice-presidente de Serra que não seja o governador Aécio Neves. Diz que, caso o mineiro realmente não aceite compor a chapa, outra solução terá que ser encontrada em Minas Gerais para assegurar a vitória do PSDB.
"Desde o governo de [João] Figueiredo [1979/85] a maior parte dos vices é mineira", diz, citando Aureliano Chaves, Itamar Franco e José Alencar. Não descarta que Aécio Neves venha a mudar de ideia, embora o governador de Minas Gerais afirme que não vai formar chapa com Serra. "Ele nega de pé junto, mas seus amigos dizem que ele ainda pode aceitar", afirma Fortes.
Avalia que a presença do mineiro na chapa tem um peso decisivo na disputa pelo voto mineiro:
Heloisa Magalhães, Paola de Moura e Chico Santos, do Rio
Secretário-geral do Ministério da Fazenda na gestão Karlos Rischbieter (1979), aos 34 anos, presidente do BNDES no governo José Sarney (1987-89), deputado federal por três mandatos, Marcio Fortes é uma das peças-chave da estratégia tucana para 2010. Desde o ano passado mudou-se do Rio para São Paulo para presidir a Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa) e ficar mais próximo das articulações do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), à Presidência.
No partido desde 1994, Fortes ocupou a estratégica secretaria geral do partido e pela proximidade com o mundo dos negócios - foi presidente da João Fortes Engenharia, criada por seu pai - abriu caminho para tornar-se tesoureiro da campanha de Serra em 2002.
Aos 65 anos, Fortes deverá se desincompatibilizar da Emplasa para entrar na campanha fluminense como vice do deputado Fernando Gabeira (PV) na disputa pelo governo do Rio com a missão de garantir um palanque forte para Serra no Estado.
Olhando do centro do ninho tucano, Fortes afirma que o fiel da balança das eleições presidenciais deste ano será Minas Gerais. Por isso, não vê outra opção para vice-presidente de Serra que não seja o governador Aécio Neves. Diz que, caso o mineiro realmente não aceite compor a chapa, outra solução terá que ser encontrada em Minas Gerais para assegurar a vitória do PSDB.
"Desde o governo de [João] Figueiredo [1979/85] a maior parte dos vices é mineira", diz, citando Aureliano Chaves, Itamar Franco e José Alencar. Não descarta que Aécio Neves venha a mudar de ideia, embora o governador de Minas Gerais afirme que não vai formar chapa com Serra. "Ele nega de pé junto, mas seus amigos dizem que ele ainda pode aceitar", afirma Fortes.
Avalia que a presença do mineiro na chapa tem um peso decisivo na disputa pelo voto mineiro:
"Aécio já demonstrou não ter vocação para pedir votos para os outros", diz Fortes referindo-se à vitória apertada de Marcio Lacerda, para Prefeitura de Belo Horizonte, em 2008.
Embora Minas tenha o segundo colégio eleitoral do Brasil, para Fortes, o Estado é mais decisivo do que São Paulo, mesmo respondendo por menos da metade dos eleitores que tem o Estado vizinho. "Os mineiros votam em bloco", afirma. E destaca que os focos das alianças tucanas também levam em conta três outros Estados que serão decisivos nas eleições de outubro para equilibrar a força petista no Nordeste: Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul.
Mas Fortes acha que, mesmo que Serra desista da candidatura, o que não descarta mas acha pouco provável, Aécio Neves não teria chance de ser eleito presidente. Para ele, o governador mineiro ainda não é suficientemente conhecido no país para uma disputa com a candidata do PT, Dilma Rousseff.
O crescimento da ministra nas pesquisas não o impressiona. Lembra que a Dilma vem tendo exposição nacional maciça ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sucessivos eventos e inaugurações pelo país enquanto "o coitado do Serra só inaugura ciclovia no Tietê", diz, num lapso da geografia urbana de São Paulo. A ciclovia, inaugurada no domingo, é na Marginal do Rio Pinheiros. Diz que a ministra vai cair nas pesquisas após a desincompatibilização porque não poderá mais participar de eventos do governo.
Fortes conta que a campanha de Serra à Presidência deve ser focada na história política do governador, sua atuação como administrador e como Ministro da Saúde e do Planejamento. Os tucanos não têm a intenção de incluir na campanha o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que nas pesquisas mostra alto índice de rejeição, e muito menos traçar comparações entre os anos FHC com os de Lula como fez o ex-presidente em recente artigo publicado na imprensa.
O ex-deputado disse ainda que engajamento de FHC no esforço para a legalização das drogas, neste momento, atrapalha Serra, já que a maior parte da população brasileira é contra a medida.
Fortes diz que seu nome surgiu na coligação entre o PSDB e o PV para formar a chapa com Gabeira, em parte, porque conhece muito bem o Estado. Gostou da ideia, mas deixa claro que sua participação tem o objetivo maior de garantir palanque no Rio para que Serra vença.
Afirma que, no Rio, a candidatura Gabeira será fundamental para Serra, ainda que seu palanque seja de Marina Silva (PV). "Na televisão, Gabeira não pode pedir voto para Serra, mas eu posso.
Embora Minas tenha o segundo colégio eleitoral do Brasil, para Fortes, o Estado é mais decisivo do que São Paulo, mesmo respondendo por menos da metade dos eleitores que tem o Estado vizinho. "Os mineiros votam em bloco", afirma. E destaca que os focos das alianças tucanas também levam em conta três outros Estados que serão decisivos nas eleições de outubro para equilibrar a força petista no Nordeste: Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul.
Mas Fortes acha que, mesmo que Serra desista da candidatura, o que não descarta mas acha pouco provável, Aécio Neves não teria chance de ser eleito presidente. Para ele, o governador mineiro ainda não é suficientemente conhecido no país para uma disputa com a candidata do PT, Dilma Rousseff.
O crescimento da ministra nas pesquisas não o impressiona. Lembra que a Dilma vem tendo exposição nacional maciça ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sucessivos eventos e inaugurações pelo país enquanto "o coitado do Serra só inaugura ciclovia no Tietê", diz, num lapso da geografia urbana de São Paulo. A ciclovia, inaugurada no domingo, é na Marginal do Rio Pinheiros. Diz que a ministra vai cair nas pesquisas após a desincompatibilização porque não poderá mais participar de eventos do governo.
Fortes conta que a campanha de Serra à Presidência deve ser focada na história política do governador, sua atuação como administrador e como Ministro da Saúde e do Planejamento. Os tucanos não têm a intenção de incluir na campanha o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que nas pesquisas mostra alto índice de rejeição, e muito menos traçar comparações entre os anos FHC com os de Lula como fez o ex-presidente em recente artigo publicado na imprensa.
O ex-deputado disse ainda que engajamento de FHC no esforço para a legalização das drogas, neste momento, atrapalha Serra, já que a maior parte da população brasileira é contra a medida.
Fortes diz que seu nome surgiu na coligação entre o PSDB e o PV para formar a chapa com Gabeira, em parte, porque conhece muito bem o Estado. Gostou da ideia, mas deixa claro que sua participação tem o objetivo maior de garantir palanque no Rio para que Serra vença.
Afirma que, no Rio, a candidatura Gabeira será fundamental para Serra, ainda que seu palanque seja de Marina Silva (PV). "Na televisão, Gabeira não pode pedir voto para Serra, mas eu posso.
Assim como Serra pode pedir para para o Gabeira. E nada impede que ambos participarem juntos de eventos públicos".
Fortes aposta que Gabeira irá para o segundo turno com o governador Sérgio Cabral (PMDB). Para ele, a candidatura de Anthony Garotinho (PR) vai se "esvaziar" ao longo da campanha. "Se eu fosse o Cabral resolvia isso logo, negociaria uma aliança com Garotinho para aumentar as chances de levar a eleição no primeiro turno, pois o governador não tem voto no interior. Sabe quantas vezes Cabral foi a Petrópolis, que fica a menos de 70 quilômetros do Rio, desde que assumiu? Nenhuma. Ele não visita o interior", diz.
Orgulha-se de conhecer o Rio. "Ninguém conhece mais o Estado do Rio de Janeiro do que eu", diz. Lembra que como presidente do Banerj (1990/91) viajou por todo o Estado, além de ter sido duas vezes secretário (municipal de Obras, de 1993 e 1994) e estadual de Indústria, Comércio e Turismo (1996/2000).
Fortes aposta que Gabeira irá para o segundo turno com o governador Sérgio Cabral (PMDB). Para ele, a candidatura de Anthony Garotinho (PR) vai se "esvaziar" ao longo da campanha. "Se eu fosse o Cabral resolvia isso logo, negociaria uma aliança com Garotinho para aumentar as chances de levar a eleição no primeiro turno, pois o governador não tem voto no interior. Sabe quantas vezes Cabral foi a Petrópolis, que fica a menos de 70 quilômetros do Rio, desde que assumiu? Nenhuma. Ele não visita o interior", diz.
Orgulha-se de conhecer o Rio. "Ninguém conhece mais o Estado do Rio de Janeiro do que eu", diz. Lembra que como presidente do Banerj (1990/91) viajou por todo o Estado, além de ter sido duas vezes secretário (municipal de Obras, de 1993 e 1994) e estadual de Indústria, Comércio e Turismo (1996/2000).
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