DEU EM O GLOBO
Após o presidente Lula acusar jornais e revistas de agir como partido politico, CUT e Força Sindical vão se juntar ao MST e à UNE para um ato contra a imprensa. O convite do evento, divulgado pelo PT, acusa a imprensa de "castrar o voto popular", mas não faz menção à onda de denúncias de corrupção que atinge a Casa Civil.
Centrais fazem ato contra a imprensa
Evento contra "golpismo midiático", divulgado pelo PT, será na quinta-feira em SP, com políticos de siglas aliadas
Leila Suwwan
SÃO PAULO. Depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusar a imprensa de agir como partido político, as centrais sindicais, alguns sindicatos, partidos governistas e movimentos sociais farão na quinta-feira o Ato contra o golpismo midiático, em São Paulo. O convite para o evento, divulgado pelo PT, acusa a imprensa de castrar o voto popular, deslegitimizar as instituições e destruir a democracia.
E não faz menção explícita à onda de denúncias de corrupção que atingem a Casa Civil da Presidência.
Conduzida pela velha mídia, que nos últimos anos se transformou em autêntico partido político conservado, essa ofensiva antidemocrática precisa ser barrada. No comando estão grupos de comunicação que, pelo apoio ao golpe de 64 e à ditadura militar, já demonstraram seu desapreço pela democracia, diz o texto.
De acordo com o site do PT, estarão presentes líderes de sindicatos e movimentos sociais.
São listados: CUT, Força Sindical, CTB, CGTB, MST e UNE. Também estão confirmados políticos de PT, PCdoB, PSB e PDT, todos partidos da coligação da candidata a presidente Dilma Rousseff.
Em comício em Campinas, no sábado, o presidente Lula acusou a imprensa de não agir de forma democrática. O discurso provocou reações da ANJ (Associação Nacional de Jornais) e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Lula disse que a população não precisa mais de formadores de opinião e acrescentou: Nós somos a opinião pública.
E continuou: Não vamos derrotar apenas nossos adversários tucanos. Vamos derrotar alguns jornais e revistas, que se comportam como se fossem um partido político e não têm coragem de dizer que são um partido político, que têm candidato e não têm coragem de dizer que têm candidato, que não são democratas e pensam que são democratas, disse Lula, para quem os pobres não precisam de formadores de opinião.
No anúncio do ato, o PT afirma que a imprensa busca forçar a ida do candidato do PSDB ao segundo turno. Em seguida, o convite afirma que boatos de campanha indicam que o jogo sujo irá piorar até a eleição. O ato está marcado para quinta, no auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, e é patrocinado também por blogueiros progressistas.
Dutra ironiza citando briga entre Obama e Fox News Sem citar a denúncia de tráfico de influência e cobrança de propina dentro da Casa Civil, em um esquema que supostamente era capitaneado pela ex-ministra Erenice Guerra, braço-direito de Dilma Rousseff, o convite do evento acusa os jornais de combinar suas manchetes com o programa eleitoral de José Serra (PSDB) na televisão.
O GLOBO não conseguiu contato ontem com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, nem com o coordenador de comunicação da campanha de Dilma, Rui Falcão. Em seu microblog no Twitter, Dutra ironizou o tema.
Deve ser horrível viver em uma ditadura como esta, em que o presidente ataca um órgão da imprensa, escreveu Dutra, fazendo referência, na realidade, a uma notícia de que o presidente americano, Barack Obama, está em embate com o canal de televisão conservador Fox News.
Após o presidente Lula acusar jornais e revistas de agir como partido politico, CUT e Força Sindical vão se juntar ao MST e à UNE para um ato contra a imprensa. O convite do evento, divulgado pelo PT, acusa a imprensa de "castrar o voto popular", mas não faz menção à onda de denúncias de corrupção que atinge a Casa Civil.
Centrais fazem ato contra a imprensa
Evento contra "golpismo midiático", divulgado pelo PT, será na quinta-feira em SP, com políticos de siglas aliadas
Leila Suwwan
SÃO PAULO. Depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusar a imprensa de agir como partido político, as centrais sindicais, alguns sindicatos, partidos governistas e movimentos sociais farão na quinta-feira o Ato contra o golpismo midiático, em São Paulo. O convite para o evento, divulgado pelo PT, acusa a imprensa de castrar o voto popular, deslegitimizar as instituições e destruir a democracia.
E não faz menção explícita à onda de denúncias de corrupção que atingem a Casa Civil da Presidência.
Conduzida pela velha mídia, que nos últimos anos se transformou em autêntico partido político conservado, essa ofensiva antidemocrática precisa ser barrada. No comando estão grupos de comunicação que, pelo apoio ao golpe de 64 e à ditadura militar, já demonstraram seu desapreço pela democracia, diz o texto.
De acordo com o site do PT, estarão presentes líderes de sindicatos e movimentos sociais.
São listados: CUT, Força Sindical, CTB, CGTB, MST e UNE. Também estão confirmados políticos de PT, PCdoB, PSB e PDT, todos partidos da coligação da candidata a presidente Dilma Rousseff.
Em comício em Campinas, no sábado, o presidente Lula acusou a imprensa de não agir de forma democrática. O discurso provocou reações da ANJ (Associação Nacional de Jornais) e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Lula disse que a população não precisa mais de formadores de opinião e acrescentou: Nós somos a opinião pública.
E continuou: Não vamos derrotar apenas nossos adversários tucanos. Vamos derrotar alguns jornais e revistas, que se comportam como se fossem um partido político e não têm coragem de dizer que são um partido político, que têm candidato e não têm coragem de dizer que têm candidato, que não são democratas e pensam que são democratas, disse Lula, para quem os pobres não precisam de formadores de opinião.
No anúncio do ato, o PT afirma que a imprensa busca forçar a ida do candidato do PSDB ao segundo turno. Em seguida, o convite afirma que boatos de campanha indicam que o jogo sujo irá piorar até a eleição. O ato está marcado para quinta, no auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, e é patrocinado também por blogueiros progressistas.
Dutra ironiza citando briga entre Obama e Fox News Sem citar a denúncia de tráfico de influência e cobrança de propina dentro da Casa Civil, em um esquema que supostamente era capitaneado pela ex-ministra Erenice Guerra, braço-direito de Dilma Rousseff, o convite do evento acusa os jornais de combinar suas manchetes com o programa eleitoral de José Serra (PSDB) na televisão.
O GLOBO não conseguiu contato ontem com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, nem com o coordenador de comunicação da campanha de Dilma, Rui Falcão. Em seu microblog no Twitter, Dutra ironizou o tema.
Deve ser horrível viver em uma ditadura como esta, em que o presidente ataca um órgão da imprensa, escreveu Dutra, fazendo referência, na realidade, a uma notícia de que o presidente americano, Barack Obama, está em embate com o canal de televisão conservador Fox News.
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