Sigla de Gilberto Kassab vai estrear em uma eleição dividindo quase na mesma proporção os apoios a políticos de outros partido
O prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, cumpriu com sua palavra ao dizer que seu partido não seria “nem de direita, nem de esquerda, nem de centro”. Registros das candidaturas a prefeito e a vereador no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), compilados pelo Estadão
Dados, mostram que a sigla vai estrear em uma eleição dividindo praticamente na mesma proporção o apoio a candidatos dos grandes partidos, independentemente de serem aliados do governo federal ou integrantes da oposição. Em todo o País, o PSD terá pelo menos 46 candidatos próprios para prefeito em chapas puras, sem o apoio de outros partidos – os dados do TSE são relativos a cerca de 90% dos municípios brasileirose, por isso, a legenda ainda poderá ter mais nomes próprias confirmados na disputa.
Quando recebe apoio, o partido lançado por Kassab em março de 2011 não tem preconceitos. São 276 candidatos do PSD apoiados pelo PMDB, 301 apoiados pelo PSDB, 275 apoiados pelo PT e 269 apoiados pelo PSB.
Em Florianópolis (SC), capital do único Estado governado pelo PSD, o candidato Cesar Souza Junior tem na coligação PSDB, PSB e até o DEM, partido que mais perdeu quadros para a sigla de Kassab– incluindo o governador Raimundo Colombo.
Em Belo Horizonte, o prefeito paulistano teve de intervir no diretório local para dar apoio ao ex-ministro do PT Patrus Ananias, deixando a coligação de Marcio Lacerda (PSB), prefeito e candidato à reeleição.
Quando não tem candidato próprio a prefeito e dá apoio a outros políticos, o PSD tampouco demonstra ter problemas com ideologias. Pelo menos 293 candidatos petistas recebem apoio do partido de Kassab. O PMDB, principal parceiro petista na esfera nacional, tem 464 candidatos aliados ao PSD. É quase o mesmo número de tucanos apoiados por Kassab – pelo menos 468.
FONTE: O ESTADO DE S. PAULO
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