• Defesa afirma que ela não tinha conhecimento de corrupção na Petrobras
- O Globo
-SÃO PAULO- A defesa de Monica Moura, mulher do ex-marqueteiro do PT João Santana, reafirmou nas alegações finais apresentadas à Justiça ontem que ela está arrependida por ter concordado com a “imposição” do PT para que recebesse pagamentos pelo caixa dois.
De acordo com os advogados, Monica e o marido receberam na conta no exterior, sem declarar valores à Justiça, “não por opção ou por liberalidade”, mas “por ser o único meio de receber o alto valor em aberto e que deveria ser pago pelo Partido dos Trabalhadores. Isso não implica conhecimento da origem dos valores em infração penal ou em ser condescendente com a prática do ‘caixa dois’ por partidos políticos”, argumentou.
A defesa argumenta ainda que Monica “não tinha qualquer participação, ingerência ou conhecimento de eventuais atos de corrupção envolvendo os contratos firmados por estaleiros com a Petrobras”, e que os valores recebidos pelo casal em uma conta na Suíça “se inseriam na necessidade do PT de saldar dívidas contraídas pelo mesmo, inclusive de serviços de marketing eleitoral”.
O advogado Juliano Campelo Prestes argumenta que Monica não teria qualquer ligação com funcionários da Petrobras e que o Ministério Público Federal não teria descrito “a base fática e os elementos concretos que demonstrem da origem dos valores por ela recebidos”. Ele pede a absolvição da mulher de Santana dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário