Candidatos mudos, eleitores desinteressados
A cinco meses das eleições, sem sequer ter dito se será ou não candidato a presidente da República, cobra-se do ex-ministro Joaquim Barbosa que diga o que pensa sobre os principais problemas do país.
Foi o que fez, embora com delicadeza, o governador Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Câmara reflete do que pensa a maioria do seu partido ao qual Joaquim se filiou.
Para ser justa, a cobrança deveria ser dirigida aos candidatos que de fato se apresentam como tal. Até aqui, eles só têm dito platitudes. Evitam assumir maiores compromissos com ideias e posições. E não sem razão.
Fora o “mercado”, o distinto público não parece interessado em saber tão cedo o que eles pensam ou deixam de pensar. Só prestará atenção nisso quando começar a campanha no rádio e na televisão no final de agosto.
De todo modo, há candidatos que já começam a se expor para públicos seletos – é o caso de Ciro Gomes e de Geraldo Alckmin, por exemplo. Marina Silva, quando o faz, é para falar muito e dizer quase nada.
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