Blog do Noblat / Metrópoles
Cargos, dinheiro para obras em redutos
eleitorais e outras vantagens inconfessáveis. É pegar ou largar
Quer só ter uma ideia do que será a
ocupação do governo pelo Centrão desde que o presidente Jair Bolsonaro decidiu
entregar a chefia da Casa Civil ao senador Ciro Nogueira (PP-PI)?
Só no recriado Ministério do Trabalho,
agora com o nome de Ministério do Emprego e Previdência, o ministro Onyx
Lorenzoni (DEM-RS) terá 202 cargos a preencher com indicações políticas.
Indicação política é aquela feita em nome
de um partido que apoia o governo. Ou feita por um deputado, senador ou
governador que apoia o governo ou que mediante isso se propõe a apoiar.
Há indicações cruzadas. O atual ministro da
Cidadania, João Roma, é do PL, mas foi ACM Neto, presidente do DEM, quem o
indicou. ACM nega que apoie o governo.
O DEM tem seus próprios ministros no governo, como Teresa Cristina na Agricultura, mas quando cobrado, responde que foram escolhas pessoais de Bolsonaro. Assim procedem outros partidos.
Fábio Faria, ministro das Comunicações, é
do PSD, presidido por Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo. O PSD terá
candidato próprio à sucessão de Bolsonaro ou então apoiará Lula.
O MDB já teve um ministro. Parte de sua
bancada na Câmara quer aproveitar a chegada de Nogueira (foto em destaque) ao governo para
indicar outro. A direção nacional ameaça expulsar quem aceite o convite.
Ide a Bolsonaro, o Messias, todos que
precisem de acolhimento e de ter seus desejos saciados. O orçamento secreto
serve para isso.
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