DEU EM O GLOBO
Senador tucano critica clientelismo do atual governo: "Lula faz hoje o que o coronel político fazia com sua clientela"
Isabela Martin
FORTALEZA. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), candidato à reeleição, admitiu ontem que existe uma tibieza (fraqueza) generalizada no PSDB para defender ações do governo Fernando Henrique Cardoso, como as privatizações. Tasso reagiu a uma pergunta sobre a ausência das citações a FH na campanha presidencial tucana: Há uma tibieza generalizada.
Se desde a campanha de Geraldo Alckmin tivéssemos enfrentado isso como deveríamos, e na campanha do Serra tivéssemos enfrentado isso com toda a clareza, com certeza o discurso seria melhor. Pelo menos a gente estaria dizendo o que acredita disse Tasso, em palestra para empresários e profissionais liberais na sede da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), na noite de anteontem.
Sobre denúncias envolvendo a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, Tasso disse que nunca se viu no Brasil uma estrutura de corrupção como a que existe no atual governo. Ele disse que o Congresso foi cooptado, mas que ele jamais se rendeu à cooptação e que vê com muita preocupação um eventual governo da candidata do PT, Dilma Rousseff. Ele afirmou também que o PT vem agora (para o poder) com a Dilma porque ela não controla o PT.
Tasso também acusou o presidente Lula de usar o Bolsa Família e outros programas sociais para manter o controle e poder sobre a população pobre, como acontecia na época em que os coronéis tinham o poder político no Nordeste. Ele disse que o país voltou à época do dar para receber e que isso é um clientelismo oficial disfarçado.
Criou-se um verdadeiro clientelismo oficial. Quando era o dos cabos eleitorais, era descentralizado.
Agora é centralizado.
Vem tudo de Brasília e quanto maior a concentração, maior o perigo da falta de democracia, disse, citando também o auxílio maternidade.
Tasso frisou que não é contra o Bolsa Família e lembrou que a ideia nasceu no governo de FH, com o Bolsa Escola e o Vale-Gás. Mas o programa é ótimo se oferecer também a porta de saída, disse.
O que assistimos hoje é a uma população paupérrima, que continua paupérrima, dependente de uma esmola do governo, morrendo de medo de perder essa esmola, dependente não mais de um cabo eleitoral. Dependendo agora do presidente da República.
Essa política teve reflexos no estado, segundo o tucano.
A politicagem e o aparelhamento passaram a fazer parte do dia a dia de todos os órgãos da administração publica federal e estadual e o velho clientelismo voltou com muito mais força, disse depois em entrevista.
Para Tasso, essa é a razão pela qual os políticos querem se apresentar como candidatos do Lula.
O Lula faz hoje o que o coronel político fazia com sua clientela criticou Tasso, que foi muito aplaudido no início do discurso ao afirmar que, embora estivesse fora de moda o que iria dizer, ele não era o candidato do Lula.
Sou candidato contra o Lula disse.
Segundo o senador, o clientelismo oficial faz parte da ideologia totalitária do PT: Nós temos uma estrutura completamente aparelhada, sindicalizada e, nesse sentido, é amoral. Não é imoral. Não tem moral.
O senador afirmou que para essas pessoas, o desvio de dinheiro não é visto como roubo desde que seja em nome daquilo que acreditam.
Senador tucano critica clientelismo do atual governo: "Lula faz hoje o que o coronel político fazia com sua clientela"
Isabela Martin
FORTALEZA. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), candidato à reeleição, admitiu ontem que existe uma tibieza (fraqueza) generalizada no PSDB para defender ações do governo Fernando Henrique Cardoso, como as privatizações. Tasso reagiu a uma pergunta sobre a ausência das citações a FH na campanha presidencial tucana: Há uma tibieza generalizada.
Se desde a campanha de Geraldo Alckmin tivéssemos enfrentado isso como deveríamos, e na campanha do Serra tivéssemos enfrentado isso com toda a clareza, com certeza o discurso seria melhor. Pelo menos a gente estaria dizendo o que acredita disse Tasso, em palestra para empresários e profissionais liberais na sede da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), na noite de anteontem.
Sobre denúncias envolvendo a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, Tasso disse que nunca se viu no Brasil uma estrutura de corrupção como a que existe no atual governo. Ele disse que o Congresso foi cooptado, mas que ele jamais se rendeu à cooptação e que vê com muita preocupação um eventual governo da candidata do PT, Dilma Rousseff. Ele afirmou também que o PT vem agora (para o poder) com a Dilma porque ela não controla o PT.
Tasso também acusou o presidente Lula de usar o Bolsa Família e outros programas sociais para manter o controle e poder sobre a população pobre, como acontecia na época em que os coronéis tinham o poder político no Nordeste. Ele disse que o país voltou à época do dar para receber e que isso é um clientelismo oficial disfarçado.
Criou-se um verdadeiro clientelismo oficial. Quando era o dos cabos eleitorais, era descentralizado.
Agora é centralizado.
Vem tudo de Brasília e quanto maior a concentração, maior o perigo da falta de democracia, disse, citando também o auxílio maternidade.
Tasso frisou que não é contra o Bolsa Família e lembrou que a ideia nasceu no governo de FH, com o Bolsa Escola e o Vale-Gás. Mas o programa é ótimo se oferecer também a porta de saída, disse.
O que assistimos hoje é a uma população paupérrima, que continua paupérrima, dependente de uma esmola do governo, morrendo de medo de perder essa esmola, dependente não mais de um cabo eleitoral. Dependendo agora do presidente da República.
Essa política teve reflexos no estado, segundo o tucano.
A politicagem e o aparelhamento passaram a fazer parte do dia a dia de todos os órgãos da administração publica federal e estadual e o velho clientelismo voltou com muito mais força, disse depois em entrevista.
Para Tasso, essa é a razão pela qual os políticos querem se apresentar como candidatos do Lula.
O Lula faz hoje o que o coronel político fazia com sua clientela criticou Tasso, que foi muito aplaudido no início do discurso ao afirmar que, embora estivesse fora de moda o que iria dizer, ele não era o candidato do Lula.
Sou candidato contra o Lula disse.
Segundo o senador, o clientelismo oficial faz parte da ideologia totalitária do PT: Nós temos uma estrutura completamente aparelhada, sindicalizada e, nesse sentido, é amoral. Não é imoral. Não tem moral.
O senador afirmou que para essas pessoas, o desvio de dinheiro não é visto como roubo desde que seja em nome daquilo que acreditam.
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