Governador reúne cúpula nacional do PSB, hoje, no Recife, para discutir a montagem de chapas estaduais em 2014. Estratégia visa reforçar o projeto nacional
Débora Duque
O governador Eduardo Campos (PSB) convocou, para hoje, uma reunião com a cúpula nacional do PSB para discutir a montagem de palanques estaduais para a eleição de 2014 e as novas filiações, já que o prazo máximo de mudança partidária para os que pretendem disputar o próximo pleito se encerra no dia 5 de outubro. O encontro envolverá os presidentes da legenda nos seis maiores colégios eleitorais do País: São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Rio de Janeiro e Paraná. Como aconteceu nas duas últimas vezes, o evento partidário será sediado novamente no Recife, às 18h, no hotel Golden Tulip, em Boa Viagem.
A lista de participantes inclui o vice-presidente nacional da legenda, Roberto Amaral, e o secretário-geral, Carlos Siqueira. Segundo ele, a reunião de hoje terá como foco a discussão sobre o cenário político nos seis maiores Estados, mas, posteriormente, se estenderá as outras localidades. "É uma reunião de rotina que, inicialmente, vai ser feita com esse grupo, mas vamos cumprir o mesmo ritual com outros Estados. Vamos avaliar as metas do partido e ver o que é possível fazer para construirmos chapas competitivas nessa etapa final", disse Siqueira ao JC.
O fortalecimento de palanques estaduais é estratégico para o projeto nacional de Eduardo Campos. O presidente do PSB de São Paulo, Márcio França, chegará ao Recife com o resultado da consulta feita pelo diretório estadual paulista que mostra que 96% dos filiados ao partido no Estado não só aprovam a candidatura presidencial de Eduardo como defendem a entrega imediata dos cargos da legenda no governo federal. Em São Paulo, o PSB participa da gestão de Geraldo Alckmin (PSDB).
Além dos seis Estados já governados pelo partido, o PSB planeja o lançamento de candidaturas próprias aos governos da Bahia, com a senadora Lídice da Mata, e do Rio Grande do Sul, com o líder da bancada federal, Beto Albuquerque. No Distrito Federal, trabalha-se o nome do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). No Rio de Janeiro, a situação permanece indefinida. O partido tentou atrair, sem sucesso, o senador Lindenberg Farias (PT-SP) para disputar o governo. Já em Minas, no Paraná e em São Paulo, a tendência é que o PSB caminhe com o PSDB, formando palanques duplos que possam dar sustentação tanto à candidatura de Eduardo como à do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Será a terceira vez, em menos de dois meses, que o governador Eduardo Campos convoca uma reunião do PSB no Recife. No final de junho, ele reuniu toda a Executiva nacional da sigla para debater o posicionamento do partido em relação ao plebiscito para a reforma política que havia sido proposto pela presidente Dilma Rousseff (PT). Na metade de julho, convocou a bancada federal para discutir a montagem dos palanques estaduais. Internamente, a realização desses encontros na terra natal do governador, que é presidente nacional do partido, é considerada uma forma de simbolizar sua força política dentro da legenda.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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