- O Estado de S. Paulo
O ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa disse, em entrevista publicada na edição de hoje do jornal Folha de S. Paulo, que a estatal tomou a decisão de construir sua obra mais cara, a refinaria Abreu e Lima (PE), sem projeto definido e com base em "uma conta de padeiro".
Costa, investigado por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro, disse que, apesar da estimativa inicial de custo de US$ 2,5 bilhões, a refinaria pernambucana deverá custar US$ 18,5 bi - mas negou que essa diferença se deva a superfaturamento.
Na entrevista, o ex-diretor conta ter conhecido o doleiro Alberto Youssef por intermédio do deputado José Janene (do PP, morto em 2010). Youssef o teria procurado em 2013 para que Costa lhe prestasse assessoria na área de petróleo, pela qual receberia R$ 300 mil, pagos com um automóvel Land Rover Evoque. O ex-diretor disse desconhecer as atividades do doleiro: "Soube que ele teve problemas no passado, mas nunca entrei em detalhes sobre isso".
Costa afirmou ainda ter "uma relação técnica e amistosa" com a presidente Dilma Rousseff e "amistosa e de respeito" com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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