• Alta foi pressionada pelos preços da energia elétrica. Em 12 meses, o IPCA já acumula 7,14%, acima do teto da meta e o maior índice desde setembro de 2011
- Veja Online
O ano começou pressionado com a alta dos preços da energia elétrica e dos alimentos. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, registrou alta de 1,24% em janeiro, bem acima do indicador de dezembro (0,78%), mostrou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A taxa é a mais elevada desde fevereiro de 2003 (1,57%), segundo o IBGE. A prévia da inflação (IPCA-15) indicava também um número bem menor, de 0,89%. Em janeiro de 2014, o indicador havia ficado em 0,55%.
Em doze meses até janeiro, a inflação acumulou 7,14% - a maior variação desde setembro de 2011 (7,31%). A prévia do IPCA sinalizava alta de 6,69% para o índice nessa comparação. A meta do governo tem como centro 4,5%, podendo oscilar entre um limite mínimo de 2,5% e máximo de 6,5%. A inflação já estourou diversas vezes o teto da meta no ano passado, mesmo com o governo controlando os preços administrados (energia e combustível, por exemplo). Neste ano, porém, os combustíveis já aumentaram de preço, assim como a energia elétrica.
O aumento de preços de Alimentação e Bebidas (1,48%), Habitação (2,42%) e Transportes (1,83%) foi responsável por 85% do índice do mês, ou 1,06 ponto porcentual, segundo o instituto.
Só a energia elétrica, item que pertence ao grupo Habitação, subiu 8,27% e representou 0,24 ponto porcentual do 1,24%. "Com exceção da região metropolitana de Salvador, que ficou em 0,76% em razão de redução de impostos, as demais tiveram aumentos significativos nas contas, a saber: Porto Alegre (11,66%), São Paulo (11,46%), Goiânia (9,37%), Belo Horizonte (8,25%), Belém (8,02%), Curitiba (7,95%), Brasília (7,94%), Campo Grande (7,84%), Vitória (7,63%), Rio de Janeiro(5,98%), Recife (4,67%), Fortaleza (2,03%), Salvador (0,76%)", mostrou o IBGE.
No grupo de Alimentos e Bebidas, a batata-inglesa chegou a subir 38,09%, enquanto os preços do feijão-carioca e do tomate aumentaram 17,95%, e 12,35%, respectivamente.
Já a alta de 1,83% do grupo de Transportes, foi puxada pelos preços do transporte público: a tarifa do ônibus urbano, por exemplo, subiu 8,02%, enquanto o ônibus intermunicipal e o interestadual ficaram 6,59% e 1,21% mais caros. O preço do metrô disparou 9,23%, acompanhado da tarifa do trem (8,95%). Por fim, o táxi ficou 2,63% mais caro.
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