- O Tempo (MG)
Hoje, às 17 horas, em sua sede nacional em Brasília, o PSDB tem um novo encontro com a história do Brasil. Governadores, Ministros, Senadores, Deputados Federais, Presidentes de Diretórios Estaduais, Prefeitos de capitais se reúnem em torno da Executiva Nacional para deliberar sobre a permanência ou não no Governo de Michel Temer. Já vivemos momentos delicados como esse desde a fundação do partido em 1988. Os impeachments de Collor e Dilma, a sustentação do Governo Itamar Franco, a luta pelo Plano Real.
O PSDB não é um partido qualquer. É o partido de nossos fundadores Mario Covas, Franco Montoro e José Richa, do ex-presidente FHC, de sete governadores, centenas de prefeitos, milhares de vereadores e de uma das maiores bancadas no Congresso Nacional.
Diante das transgressões à Constituição e às Leis, dos crimes Eleitorais cometidos em 2014 e da desorganização fiscal e econômica imposta ao país, o PSDB protagonizou o impeachment da Presidente Dilma Rousseff.
Coerente com essa atitude, apresentamos ao Presidente Michel Temer um programa comum de governo, propugnando reformas estruturantes para a superação da grave recessão e o combate ao desemprego. O PSDB assim fez por acreditar que acima da lógica partidária estão os interesses público e nacional. O Presidente Temer prontamente acolheu as propostas e desencadeou um ousado e profundo programa de reformas. Muitos avanços foram consolidados.
A confiança da sociedade começou a ser retomada com o crescente aumento da credibilidade da política econômica. Indicadores começaram apontar a reversão da crise. Infelizmente, é preciso reconhecer que a profunda crise institucional e política que se instalou nos últimos dias arrefeceu o ânimo de investidores e consumidores, interrompeu a queda mais significativa da taxa de juros e esfriou o ritmo das reformas.
O combate à corrupção é essencial. A Lava Jato está passando o país a limpo. Por outro lado, é fundamental a preservação de valores e princípios essenciais no Estado Democrático de Direito tais como o amplo direito de defesa, a presunção da inocência e o respeito ao devido processo legal. O esforço para a necessária transformação ética não pode se dar à custa do atropelamento da Constituição e do ordenamento jurídico. O delator premiado, réu confesso, não pode se transformar no critério da verdade. O Brasil não pode parar. A instabilidade política e institucional tem que ser superada para que o país possa retomar seu desenvolvimento econômico e social.
Por todas essas razões, em nome de meu compromisso com o Estado Democrático do Direito, com o futuro do país e principalmente com os 14 milhões de desempregados, defenderei a permanência do PSDB na linha de frente das transformações inadiáveis e necessárias para o Brasil entrar novamente nos trilhos, enquanto paralelamente o sistema judiciário e as suas instituições apuram e julgam todas as denúncias, absolvendo os inocentes e condenando aqueles que transgrediram a Lei.
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Marcus Pestana é deputado federal (PSDB-MG).
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