A
preocupação de Bolsonaro tem sido evitar o impeachment e blindar seu filho,
duas coisas que se complicaram após a denúncia de que a Abin produziu
relatórios com orientações para que o caso Queiroz fosse anulado
Como
a ideologia fraqueja diante das infindáveis benesses que o poder proporciona,
até parte da esquerda flerta com o candidato de Bolsonaro, que procurou José
Dirceu e se dispôs a procurar Lula prometendo, em troca do apoio do PT, pautar
a criação de um novo imposto sindical, revisar a Lei da Ficha Limpa e combater
o “lavajatismo”. Tudo em acordo tácito com o presidente, cuja preocupação maior
tem sido evitar o seu impeachment e blindar o filho Flávio, duas coisas que se
complicaram após a denúncia de que integrantes da cúpula
da Abin produziram relatórios
com orientações de como os advogados do senador deveriam proceder para
que o caso Queiroz fosse anulado.
A
orientação visava sustentar a narrativa de supostas irregularidades na obtenção
dos dados de Flávio a fim de invalidar as provas contra ele. Com o objetivo de
“defender FB no caso Alerj”, o relatório traça linha de ação que passa por
acessar dados da Receita e demitir servidores do Fisco e da Controladoria-Geral
da União (CGU) que fossem um obstáculo a isso.
À frente da Abin está Alexandre Ramagem, cuja tentativa de indicação para o comando da PF (frustrada pelo STF) foi o pivô da saída de Sérgio Moro do governo. Comprova-se, portanto, o que Moro denunciou ao sair: a interferência de Bolsonaro nas instituições com o objetivo de proteger o seu filho das investigações de que é alvo.
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