Edson
Fachin analisou com preocupação a cena nacional
Na Folha de quarta última
(10), o ministro do STF Edson
Fachin analisou com preocupação a cena nacional e listou fatos cuja
soma me faz farejar uma receita de golpe de Estado, em preparo por um já
declarado candidato em 2022 caso as eleições não o favoreçam. Os ingredientes
dessa receita, com meus comentários, são:
1. Remilitarização do goveno civil. Milhares de militares de patentes inferiores, da ativa e da reserva, foram infiltrados na administração. Ensaio de compra das Forças Armadas. 2. Instigação ao fechamento dos demais Poderes. O Executivo tenta intimidar o Judiciário e o Legislativo com mobilizações populares e ameaça de tropa na rua. 3. Declarações acintosas de depreciação do valor do voto. Permanente pregação com fundo antidemocrático, sedimentando o terreno para uma possível alternativa totalitária.
4.
Palavras e ações que atentam contra a liberdade
de imprensa. Campanha incessante de desmoralização da imprensa livre,
aliada à compra descarada do apoio de certos canais de TV —a velha e boa
"mamata". 5. Incentivo às armas e à violência. A ideia é armar seus
seguidores no caso de as forças da legalidade resolverem intervir no sentido de
um impeachment ou interdição. 6. Recusa antecipada de resultado eleitoral
adverso. Insinuações de fraude eleitoral, ao estilo Donald Trump, e tentativa
de impor o voto por escrito, fácil de viciar, para levar o eleitorado a
insurgir-se contra o resultado.
7.
Corrupção de agentes administrativos. Inúmeros funcionários e aliados do
governo, sem falar nos filhos, são investigados, denunciados ou réus por
corrupção. O empenho em corromper atinge também juízes, procuradores,
promotores, a Abin, o Coaf, a Polícia Federal, a Receita Federal etc., para
controlá-los.
Os golpes desprendem seu mau cheiro muito antes de serem postos em marcha. Não é sensato tapar o nariz. Ainda mais quando já há um em marcha.
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