O Globo
Sobrinho de ACM, Paulo Magalhães deu soco e
pontapés em autor de livro contra o tio
O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) está
ameaçado de perder o mandato por agredir um militante do MBL que xingou sua mãe
de “corrupta” e “safada”.
Ele deu empurrões e pontapés em Gabriel
Costenaro, que costuma aparecer em eventos da esquerda de celular em punho para
causar tumulto e viralizar nas redes sociais.
No ano passado, Costenaro usou essa tática
para se projetar como candidato a vereador do Rio pelo Partido Novo. Ele teve
pouco mais de 12 mil votos e não conseguiu se eleger.
Nesta quarta, em reunião tumultuada do Conselho de Ética da Câmara, o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) apresentou relatório a favor da cassação de Glauber.
Ele sustentou que o deputado do PSOL quebrou
o decoro parlamentar ao expulsar o militante do MBL da Câmara com empurrões e
pontapés.
É certo que nenhum parlamentar deve recorrer
à violência, ainda que tenha sido provocado. Mas esta não foi a primeira vez em
que a Câmara viu cenas de pugilato.
Em 2001, outro deputado precisou ser contido
após dar um soco e trocar pontapés com um jornalista e escritor na Câmara.
Curiosamente, o agressor se chamava... Paulo Magalhães.
O congressista partiu para cima do
conterrâneo Maneca Muniz. O escritor estava em Brasília para lançar um livro
com denúncias contra seu tio famoso, o então senador Antonio Carlos Magalhães.
O caso levou Magalhães, o sobrinho, à
primeira página do GLOBO de 5 de abril de 2001. A manchete informava: “Socos e
pontapés na Camara. Deputado baiano agride jornalista para defender ACM”.
Apesar da repercussão do episódio, nada
aconteceu a Paulo Magalhães. Hoje o deputado exerce o sétimo mandato
consecutivo e é titular do Conselho de Ética.
Moral da história: Na Câmara, pontapé nos
outros é refresco.
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