quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Deputado tucano ataca o presidente

Leonardo Augusto
DEU NO ESTADO DE MINAS

O líder da maioria na Assembleia Legislativa, Domingos Sávio (PSDB), afirmou ontem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, cometem crime eleitoral por terem utilizado aviões e veículos públicos na viagem que fizeram ontem a Pirapora e Buritizeiro, Região Norte de Minas. Dilma é a pré-candidata de Lula nas eleições para o Palácio do Planalto em 2010. Para o parlamentar, a visita do presidente ao estado foi exclusivamente para fazer campanha para Dilma. “Lula administra um orçamento de trilhões de reais, é responsável pela vida de 200 milhões de brasileiros e vem inaugurar uma obra de R$ 15 milhões?”, indagou Domingos Sávio. Os R$ 15 milhões, conforme o parlamentar, são referentes a investimentos do governo federal em obras de revitalização do Rio São Francisco, que corta a região visitada ontem pelo presidente.

Domingos Sávio, um dos deputados estaduais mais próximos ao governador, disse que Aécio já investiu mais de R$ 2 bilhões na revitalização do São Francisco. O parlamentar lembrou que as viagens de Lula ao lado de Dilma já vêm acontecendo há mais tempo. Mas, agora, conforme o deputado, “está descarado”. “O PSDB sempre foi tolerante como oposição. Em Minas sempre fomos bons anfitriões. O PT, no entanto, mesmo em território mineiro, mesmo tendo no estado Aécio Neves como pré-candidato, se mobiliza para organizar vaias, ser hostil (contra os tucanos). Convivemos com isso por sermos tolerantes, mas agora passou a ser perigoso para a democracia no país”, avaliou Domingos Sávio.

Para o parlamentar, “o fato de Lula ter popularidade alta não lhe dá o direito de desrespeitar regras eleitorais e levar a ministra (Dilma Rousseff) a tiracolo, chegando ao ponto de inaugurar uma obra relativamente pequena para ter exposição na mídia. O que o presidente veio fazer foi procurar os holofotes da imprensa”, disse o deputado. Para Domingos Sávio, o presidente e a ministra deveriam estar em Brasília “tentando encontrar formas de repassar o R$ 1 bilhão devido a Minas por ressarcimento das perdas com a Lei Kandir (que desonera exportações) e encontrando formas de repassar recursos para o metro da capital”.

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