terça-feira, 19 de julho de 2011

Indicado do PT teve contas rejeitadas no RS

Hideraldo Caron luta na Justiça para se livrar de multas de R$ 255 mil quando dirigia Daer

Elder Ogliari / PORTO ALEGRE

Quando foi diretor-geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) do Rio Grande do Sul, o atual diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, Hideraldo Caron, teve as contas consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado por três anos seguidos, de 1999 a 2001. Desde o julgamento das contas, ocorrido entre 2004 e 2005, ele luta na Justiça para se livrar de multas e ressarcimentos impostos pelo órgão, num total de R$ 255 mil.

O processo de tomada de contas de 1999 apontou, entre outras falhas, divergência entre o valor contábil da dívida e seu montante efetivo; ausência de informações quanto ao valor dos processos trabalhistas em fase final; servidores em atividades distintas dos cargos ocupados, e prorrogação de contrato extinto. Além de emitir advertência pedindo a correção das falhas, o órgão aplicou multa de R$ 1,5 mil e condenou o administrador a repor R$ 261,16 aos cofres públicos pelo pagamento a maior que teria feito de diárias.

Em 2000, o TCE impôs a Caron outra multa de R$ 1,5 mil e a cobrança de R$ 226,4 mil por falhas que identificou como "pagamento excessivo de locação de veículos, pagamento a maior de diárias, concessão de aumento a servidores em porcentual indevido e não aplicação de multa contratual prevista", entre outras.

Em 2001, o órgão aplicou mais uma multa de R$ 1,5 mil e fixou débito de R$ 23,9 mil ao diretor do Daer. Algumas irregularidades apontadas indicaram pagamentos indevidos a dois diretores que acumularam remuneração dos cargos de origem com os vencimentos básicos de dirigentes, ausência de contabilização de dívidas relativas a precatórios e deterioração precoce de trechos da rodovia RS 425.

A reportagem do Estado pediu explicações a Caron pela assessoria de imprensa do Dnit, mas não obteve resposta até o fechamento da edição. O ex-diretor-geral do Daer pagou parte das multas e levou o restante da discussão à Justiça estadual, onde os processos ainda não foram concluídos.

FONTE: O ESTADO DE S. PAULO

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