Fábio Matos - Assessoria do Parlamentar
SÃO PAULO - Diante de uma Avenida Paulista completamente tomada por manifestantes que pedem o impeachment de Dilma Rousseff, o deputado Roberto Freire (SP), presidente nacional do PPS, conclamou as oposições a continuarem trabalhando fortemente para angariar o apoio de mais parlamentares ao impedimento da petista.
Em seu pronunciamento no carro de som do Movimento Brasil Livre (MBL), em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), no “coração” da Avenida Paulista, Freire afirmou que, após a nova rodada de manifestações em todo o Brasil, neste domingo (13), o governo Dilma caminha para o encerramento.
“Este movimento que hoje toma as ruas de todo o país é pluralista, diverso e o que nos une é retirarmos do poder a quadrilha que lá está”, disse o parlamentar. “O Brasil está caminhando para tirar o PT do poder e encerrar este governo. A contagem regressiva para o impeachment começou. Impeachment já!”.
O presidente do PPS criticou aqueles que vêm desqualificando as manifestações por causa da adesão de figuras controversas da política brasileira e de alguns setores mais conservadores da sociedade. Para Freire, o momento é de aglutinar forças, e não dividir, e a prioridade é o impeachment de Dilma.
“Nós não vamos tirá-la de lá se não ampliarmos a nossa luta. Os parlamentares que ainda dão sustentação ao governo precisam ser pressionados e convencidos. Não podemos discriminar ninguém neste momento”, afirmou o deputado. “Alguns, infelizmente, não entendem isso e vêm fazendo o jogo deles [do PT], tentando nos dividir.”
Além de Freire, o MBL levou ao palco uma comitiva de parlamentares da oposição, entre os quais Bruno Araújo (PSDB-PE), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Ônyx Lorenzoni (DEM-RS), Mendonça Filho (DEM-RS) e Darcísio Perondi (PMDB-RS) – este último, um dos dissidentes da base aliada e árduo defensor do impeachment na bancada do PMDB. Pelo PPS, também participaram do ato em São Paulo o líder da bancada do partido na Câmara, Rubens Bueno (PR), o deputado federal Raul Jungmann (PE) e o deputado estadual Davi Zaia (SP), presidente do Diretório Estadual do partido em São Paulo.
Mais cedo, Freire e outros congressistas e lideranças da oposição estiveram na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que também participou da manifestação na Paulista.
O protesto deste domingo vem sendo considerado o maior da série de cinco grandes manifestações organizadas pelos movimentos sociais que pedem o impeachment de Dilma (as outras quatro aconteceram em 2015, nos dias 15 de março, 12 de abril, 16 de agosto e 13 de dezembro).
Ainda não há números oficiais a respeito do número de participantes no ato na Avenida Paulista, mas a expectativa dos organizadores é de que supere 1 milhão de pessoas – marca registrada no primeiro protesto, em março do ano passado. A se confirmarem as projeções, esta terá sido a maior manifestação de rua da história da democracia brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário