• No Rio, Paes desponta como pré-candidato ao governo
Marco Grillo - O Globo
Os resultados eleitorais mexeram no cenário e, ainda que dois anos sejam muito tempo nos parâmetros políticos, a configuração para 2018 já começou a ser rascunhada. Sem Marcelo Crivella (PRB), eleito prefeito do Rio, e com a possibilidade de o senador Lindbergh Farias (PTRJ) não tentar um novo mandato, a disputa pelas duas vagas do estado no Senado em 2018 promete ser acirrada. Para o governo estadual, Eduardo Paes, que já manifestou publicamente a vontade de concorrer ao cargo, é o nome que desponta — embora seja cedo para dizer se pelo mesmo PMDB de hoje ou por outro partido.
O atual prefeito do Rio, que já passou por DEM (então PFL), PV, PTB e PSDB antes de chegar ao PMDB, em 2007, já despertou o interesse de outras legendas e será cortejado de forma mais intensa conforme o momento da definição das candidaturas for se aproximando.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, já manifestou o interesse de ter Paes entre seus quadros — para o partido, é fundamental ter um nome competitivo na disputa para dar sustentação no estado à provável candidatura de Ciro Gomes à Presidência.
O peemedebista também se reaproximou do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o que facilitaria um possível retorno ao partido. Há na legenda quem defenda uma candidatura presidencial própria em 2018, e um palanque forte no Rio seria bem-vindo. O prefeito também mantém boa relação com o ministro Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), presidente licenciado do PSD.
No PSDB, Paes é próximo ao senador Aécio Neves (PSDBMG), presidente nacional da sigla. Para concretizar o retorno, porém, ele precisará quebrar a resistência de tucanos que ainda se queixam da forma com que o prefeito deixou o partido do qual foi secretário-geral. O PSDB vai conversar ainda com Bernardinho, técnico da seleção masculina de vôlei. Uma figura importante na negociação é o empresário Alexandre Accioly, amigo de Aécio e influente nas decisões partidárias no Rio.
— O PSDB vai ter candidato a governador. Dentro da ótica da reformulação política, o Bernardinho cai como uma luva, mas não há conversa ainda — diz o presidente do PSDB no estado, deputado federal Otávio Leite. — O histórico do Eduardo (Paes) é errático. O PSDB deu apoio a ele na época, e ele não ficou.
Presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani confia na permanência de Paes e defende o nome do aliado para o governo.
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