Bolsonaro
segue seu roteiro de morte sem ser perturbado.
Bolsonaro
segue seu roteiro de morte sem ser perturbado. Na terça (2), ofereceu um almoço no
Palácio do Planalto a autoridades. Talvez para celebrar o recorde de óbitos em
um dia pela Covid-19. "Estava alegre e descontraído", contou o
deputado Fabio Ramalho (MDB-MG). Tirou foto do convescote. Só faltou soltar
um "foda-se
a vida", como já fez uma blogueira, e postar nas redes sociais.
O
prato principal foi leitão, embora saibamos que o que Bolsonaro têm servido
numa bandeja diariamente é o pescoço do brasileiro. Nesta quarta, o presidente
voltou a debochar da catástrofe que vivemos. Disse a apoiadores que a imprensa
o considera "o vírus", que os veículos de comunicação criaram "pânico".
O "pânico", eu digo a Bolsonaro, é este: vacinamos menos de 4% das pessoas, as filas nas UTIs, desastre no PIB, intervenção nas estatais, brasileiros mais pobres, ministros fantoches, 260 mil mortes, um país sequestrado por um delinquente.
O
Brasil definha a cada dia que Bolsonaro permanece como líder. Uma bússola
quebrada que nos jogou num precipício no qual não paramos de despencar.
Parlamentares batem na tecla de que não há clima para o afastamento do
presidente. Quantas vidas serão perdidas até que o Congresso sinta o cheiro de
mortandade que assola o país?
Mudam
os presidentes da Câmara e do Senado, renovam-se as notas de repúdio. Para o
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a conduta nefasta de Bolsonaro
são "exageros retóricos", "comportamentos pessoais
condenáveis". Para Arthur Lira, que comanda a Câmara, nem isso. Está mais
preocupado em garantir imunidade para a classe.
Ou as instituições afastam Jair Bolsonaro da Presidência ou condenarão um país inteiro à morte: uma parte do país pela devastação que a Covid-19 deixará, mas uma parte ainda maior que herdará terra arrasada pela incompetência e arrogância de Jair Messias Bolsonaro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário