O
fim de semana do presidente da República
Jair
Bolsonaro foi às compras no fim de semana. Às compras de corações e mentes
disponíveis em São Sebastião, região administrativa do Distrito Federal, a 26
quilômetros de Brasília.
Fez
o de sempre e disse o de sempre. Comeu galeto assado do lado de fora de um
estabelecimento comercial onde tentou entrar, mas foi barrado por uma
empregada: “Não pode”.
Ali,
respeitava-se o mínimo de distanciamento social. Sem máscara, e acompanhado de
ministros sem máscaras, visitou refugiados venezuelanos a pretexto de conhecer
como eles vivem.
Com um cachorrinho no colo, tentou conquistar a simpatia do grupo ao comentar: “Não tem mais animais na Venezuela. Comeram tudo. Não é só gato e cachorro não, até cavalo”.
Com direito à transmissão ao vivo por seus canais na internet, voltou a criticar a decisão do Supremo Tribunal Federal que avalizou o fechamento de templos e igrejas durante a pandemia.
Disse:
“Lamento os superpoderes que o Supremo deu aos estados e aos governadores para
fechar, inclusive, igrejas de cultos religiosos. É um absurdo dos absurdos”.
E
para não perder a viagem, atirou novamente no governador João Doria (PSDB), seu
alvo preferencial desde que o Instituto Butantan começou a fabricar a vacina
chinesa Coronavac:
–
Parece que esse patife de São Paulo quer quebrar o estado, quebrar o Brasil,
para depois me apontar como responsável.
Em
sua defesa, saiu-se com esta: “O pessoal que me acusa de ditador nunca viu uma
palavra minha e um só gesto que eu fugisse da Constituição”.
Uma vez que o passeio já rendera boas imagens, embora a audiência tenha sido fraca, deu-se por satisfeito e foi embora. Enquanto isso, com passe livre, a Covid-19 fazia mais vítimas.
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