DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Conversa não deve se tornar "grande fato político", afirma
Eduardo Kattah, SABARÁ
Após passar 11 dias no exterior, o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), afirmou ontem que cabe ao colega José Serra encontrar o "caminho e o momento adequado" para o anúncio de sua candidatura à Presidência. Aécio tentou amenizar a importância da conversa que deve ter com Serra nos próximos dias e não quis dar detalhes da pauta. Mas disse que não se devem criar muitas expectativas. "Estou à disposição do governador Serra, não marcamos ainda e não pretendemos fazer de mais uma conversa nossa um grande acontecimento, um grande fato político", desconversou.
Ele afirmou que tem conversado com o governador de São Paulo. "Conversamos sempre e vamos continuar conversando. E no momento certo o governador vai se manifestar", afirmou, referindo-se ao anúncio da candidatura.
Aécio tem reiterado publicamente que vai mesmo disputar uma cadeira no Senado e descartado a possibilidade de ser vice numa chapa encabeçada por Serra. Ontem voltou a dizer que estará à disposição da candidatura tucana no segundo colégio eleitoral do País. E ressaltou que na sua opinião o PSDB não deve seguir a lógica estabelecida pelo governo federal na eleição presidencial.
"Não me aflige neste instante a exposição deste ou daquele candidato, porque a campanha, efetivamente, aquela que vai levar os eleitores a uma decisão, começa na propaganda eleitoral. É ali que nós vamos ter o embate das ideias, a disputa entre os candidatos", destacou, em referência ao avanço da candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), nas pesquisas.
ESTABILIDADE
Aécio insistiu na tese do pós-Lula e disse que o debate que o PSDB tentará levar para a disputa será sobre qual candidato tem melhores credenciais para dar continuidade aos avanços conquistados nos governos Lula e Fernando Henrique Cardoso. E aproveitou para ironizar a defesa da estabilidade econômica feita por Dilma em seu discurso durante o 4º Congresso Nacional do PT, que a aclamou como pré-candidata do partido. "Li com atenção o discurso da ministra Dilma e fico muito feliz ao ver que ela assume o compromisso de manter a condução macroeconômica do País, com metas de inflação, com câmbio flutuante, com superávit primário, construídas e concebidas no governo do PSDB."
Ao afirmar que não há hoje uma "diferença muito profunda" na política econômica dos governos Lula e FHC, Aécio também cutucou o PT, observando que foi o presidente que precisou romper com seu partido.
"Não houve ruptura na construção macroeconômica quando o presidente Lula assumiu. Ele não rompeu com aquilo que vinha sendo conduzido pelo governo do presidente Fernando Henrique. Ao contrário, ele rompeu com muitas das ideias que o PT defendia anteriormente para aderir às novas e boas ideias do PSDB, do ponto de vista da responsabilidade fiscal."
Conversa não deve se tornar "grande fato político", afirma
Eduardo Kattah, SABARÁ
Após passar 11 dias no exterior, o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), afirmou ontem que cabe ao colega José Serra encontrar o "caminho e o momento adequado" para o anúncio de sua candidatura à Presidência. Aécio tentou amenizar a importância da conversa que deve ter com Serra nos próximos dias e não quis dar detalhes da pauta. Mas disse que não se devem criar muitas expectativas. "Estou à disposição do governador Serra, não marcamos ainda e não pretendemos fazer de mais uma conversa nossa um grande acontecimento, um grande fato político", desconversou.
Ele afirmou que tem conversado com o governador de São Paulo. "Conversamos sempre e vamos continuar conversando. E no momento certo o governador vai se manifestar", afirmou, referindo-se ao anúncio da candidatura.
Aécio tem reiterado publicamente que vai mesmo disputar uma cadeira no Senado e descartado a possibilidade de ser vice numa chapa encabeçada por Serra. Ontem voltou a dizer que estará à disposição da candidatura tucana no segundo colégio eleitoral do País. E ressaltou que na sua opinião o PSDB não deve seguir a lógica estabelecida pelo governo federal na eleição presidencial.
"Não me aflige neste instante a exposição deste ou daquele candidato, porque a campanha, efetivamente, aquela que vai levar os eleitores a uma decisão, começa na propaganda eleitoral. É ali que nós vamos ter o embate das ideias, a disputa entre os candidatos", destacou, em referência ao avanço da candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), nas pesquisas.
ESTABILIDADE
Aécio insistiu na tese do pós-Lula e disse que o debate que o PSDB tentará levar para a disputa será sobre qual candidato tem melhores credenciais para dar continuidade aos avanços conquistados nos governos Lula e Fernando Henrique Cardoso. E aproveitou para ironizar a defesa da estabilidade econômica feita por Dilma em seu discurso durante o 4º Congresso Nacional do PT, que a aclamou como pré-candidata do partido. "Li com atenção o discurso da ministra Dilma e fico muito feliz ao ver que ela assume o compromisso de manter a condução macroeconômica do País, com metas de inflação, com câmbio flutuante, com superávit primário, construídas e concebidas no governo do PSDB."
Ao afirmar que não há hoje uma "diferença muito profunda" na política econômica dos governos Lula e FHC, Aécio também cutucou o PT, observando que foi o presidente que precisou romper com seu partido.
"Não houve ruptura na construção macroeconômica quando o presidente Lula assumiu. Ele não rompeu com aquilo que vinha sendo conduzido pelo governo do presidente Fernando Henrique. Ao contrário, ele rompeu com muitas das ideias que o PT defendia anteriormente para aderir às novas e boas ideias do PSDB, do ponto de vista da responsabilidade fiscal."
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