Paulo de Tarso Lyra
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), continua a maratona para tornar-se conhecido nacionalmente e um presidenciável viável no ano que vem. Ontem, passou por São Paulo e pelo Rio Grande do Sul, depois de um evento no Rio de Janeiro no fim de semana. Na capital paulista, participou de um congresso na sede da Força Sindical e defendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que será investigado pela Polícia Federal por suposto envolvimento com o mensalão. A investigação está baseada no depoimento de Marcos Valério ao Ministério Público Federal. "Acho que o direito do brasileiro prevê que você não deve julgar o mesmo fato duas vezes quando ele já foi julgado pela Suprema Corte. Se os autos serviram para condenar alguns, aqueles mesmos autos serviram para inocentar o presidente Lula", afirmou Campos.
Mesmo defendendo Lula, o governador não perdeu a oportunidade de fustigar o PT e o Planalto, ao propor a criação de uma "política social 2.0". Disse que a intenção é permitir à população acesso aos bens e serviços públicos de qualidade. "Para completar uma cidadania que não é só consumir uma televisão, uma máquina de lavar", disse. "É preciso quebrar o ciclo da pobreza no País, que marginaliza uma maioria", completou.
À noite, seguiu para Porto Alegre para participar das comemorações dos 50 anos de idade e 27 anos de filiação do líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), em um evento pago. Hoje, Eduardo encontra-se com o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro — ambos foram colegas de Esplanada no primeiro mandato do presidente Lula (2003-2006) —, e com o prefeito de Porto Alegre, José Fortunatti (PDT). Na hora do almoço, fará uma palestra na Federasul, que reúne os representantes das associações comerciais do Estado. À tarde, receberá uma comenda da Assembleia Legislativa do Rio Grande Sul e abre um seminário com 4 mil empresários organizado pela Instituto de Estudos Empresariais.
Fonte: Correio Braziliense
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