• Presidente do partido classifica proposta de Dilma como ‘artifício para tentar enganar quem não vai ser enganado’
Ricardo Galhardo, Vera Rosa e André Ítalo Rocha - O Estado de S. Paulo
O PT demonstrou nesta quinta-feira, que não confia numa reversão do afastamento da presidente Dilma Rousseff. O presidente da legenda, Rui Falcão, descartou a convocação de um plebiscito para a realização de nova eleição presidencial. Para ele, a ideia é “inviável” na prática e não teria o efeito de convencer senadores a votar pela volta de Dilma.
Segundo Falcão, na melhor das hipóteses, a nova eleição aconteceria apenas em 2018, quando termina o atual mandato. O dirigente classificou a medida de “artifício para tentar enganar quem não vai ser enganado”. “Não vejo viabilidade nenhuma”, afirmou ele depois de uma reunião da Executiva Nacional do PT, em São Paulo.
O petista reiterou que o plebiscito não é capaz de mudar votos a favor de Dilma e informou sua posição à presidente afastada, que pretende incluir a proposta em uma carta à população a ser divulgada semana que vem. Dilma manifestou contrariedade ao saber que Falcão foi na contramão do que ela defende.
Governabilidade. Para o presidente do PT, seria mais viável um plebiscito com outras questões. “Acho possível a presidente solicitar um plebiscito para o povo se manifestar sobre como ampliar a governabilidade no País, sobre qual a melhor forma para aperfeiçoar o sistema político e eleitoral”, afirmou.
O PT vai apoiar as manifestações contra o presidente em exercício Michel Temer marcadas para esta sexta-feira, no Rio de Janeiro, e segunda-feira, em várias cidades, mas poucos petistas acreditam em uma reviravolta.
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