O Estado de S. Paulo
As fortes críticas à atuação do Supremo
deixaram de ser coisa de bolsonaristas
“Eles não são antidemocráticos, são apenas
anti-stf.” A frase, dita com a normalidade de quem observa um fenômeno natural,
é de um ministro do Supremo se referindo aos militares. Foi pronunciada ao
ponderar no dia da operação da PF contra empresários bolsonaristas as
consequências da ordem dada pelo colega Alexandre de Moraes.
No mesmo grupo anti-stf já se inclui considerável número de empresários dos mais variados segmentos. As idiotices golpistas expressadas por colegas deles apoiadores de Bolsonaro são rejeitadas com veemência pela imensa maioria. Embora rachadas, lideranças empresariais adotaram um princípio para ações políticas: o respeito às regras básicas do estado de direito.
Assim também pensam os principais
comandantes militares. Recente mapeamento confidencial sobre as tendências
políticas deles – e que circula em consultorias políticas – divide os generais
por cores que vão do “risco muito baixo” de apoio à ruptura institucional ao
“risco muito alto”. Os generais mapeados estão todos nas categorias “risco
muito baixo” ou “baixo”. Entre os comandantes de polícias militares, apenas os
de Rondônia e Minas foram identificados nesse mapeamento como “apoiadores do
bolsonarismo”.
O principal ponto de convergência política
com Bolsonaro entre militares e empresários está na aversão ao que percebem
como interferências indevidas do STF no processo político e na atividade
econômica. A operação da PF desta semana consagrou essa visão, que é amplamente
disseminada.
Entre os militares, solidificou a noção de
que não há “pacificação política” possível com um Judiciário que se acha dono
de poderes excepcionais, especialmente os de polícia. Entre empresários,
reforçou a ideia de que o arbítrio é a marca do ativismo judicial, com
consequências negativas generalizadas para a economia, sobretudo em questões
trabalhistas e tributárias.
A operação dividiu fortemente também a
comunidade acadêmica e os operadores do campo do Direito. Já há algum tempo
aqueles que defendem as posturas do STF não o fazem pela “pureza” do apego às
doutrinas jurídicas, mas, sim, pelo papel considerado positivo do STF de
limitar os danos causados por posturas políticas de Bolsonaro (como no caso da
pandemia). Ou para reiterar a noção de que liberdade de expressão não significa
liberdade de agressão.
Está aí o grande problema para uma Corte
Suprema que se transformou ao longo dos anos em instância política e toma
decisões políticas – é quando ser reconhecido como anti-stf não necessariamente
é sinônimo de ser antidemocrático. Dentro do próprio STF.
4 comentários:
Tenho 68 anos vive nos tempos da ditadura militar o que nós estamos vivendo hoje traz lembranças daquele tempo negro em que as pessoas viviam com medo de se manifestar até mesmo falar ao telefone
Hoje os Brasileiros não suporto mais o medo de falar dentro da Justiça já existe muitos que estão verbalizando essa insatisfação e reprovando as atuações fora das quatro linhas da Constituição exercida pela Brasileiros não suporto mais o medo de falar dentro da Justiça já existe muitos que estão verbalizando essa insatisfação e reprovando as atuações fora das quatro linhas da Constituição exercido pelo ministro Alexandre de Moraes
No dia da liberdade do Brasil , dia sete de Setembro , o povo vai pra rua clamar por liberdade de expressão ampla, geral e irrestrita!
Viva o Brasil e viva o povo brasileiro!
Vamos botar esse nosso país no eixo novamente e esses Tiranos vão pra a lata de lixo da história
Aposto que esse ministro de opinião esdrúxula é o notório Gilmar Mendes . Perguntem ao recém-aposentado Marco Aurélio o que acha.
O anônimo acima só pode ter vivido os tempos da ditadura militar como apoiador dela! Viva o povo brasileiro, trucidado pelo presidente criminoso e mentiroso, e viva Lula, nossa esperança de mudar os rumos deste país! Chega de ameaças à Democracia e dum presidente preguiçoso e incompetente, protegido pelos engavetadores na PGR e presidência da Câmara!
Ditadura e tortura nunca mais.
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