DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - Desde que o mundo é mundo e política é política, aliados às vezes acabam se desentendendo. No micropolítica brasiliense, as apostas já estão abertas para tentar vaticinar quando Dilma Rousseff romperá com seu mentor, Luiz Inácio Lula da Silva.
Na oposição, vigora o raciocínio clássico e sem muita lógica: "É só uma questão de tempo".
Entre os governistas e o crescente grupo já conhecido como dilmista, a avaliação é oposta, mas também desprovida de ciência: "O relacionamento deles será sempre amistoso; Dilma tem grande respeito por Lula".
Nem uma coisa nem outra. Tudo dependerá, fundamentalmente, de dois fatores. Primeiro, das pretensões político-eleitorais futuras de Lula e de Dilma. Se houver sobreposição, haverá rompimento. Segundo, do desempenho do país nos próximos quatro anos, sobretudo na economia. Ninguém gosta de ser sócio do malogro alheio.
O Brasil deve crescer 7,5% neste ano. Em 2011, dentro do governo, as previsões indicam algo entre 4% e 5%. Apesar da queda, o patamar será alto. Mas já se sabe que haverá mais inflação, o principal fator a minar o poder de compra das grandes massas -e a drenar na mesma proporção a popularidade do titular do Palácio do Planalto.
Sobre planos políticos futuros, nada indica um desejo orgânico de Lula para retornar à Presidência em 2014. Os sinais são de que pretende ter voos mais internacionais do que nacionais. Não parece haver, portanto, sobreposição entre seus interesses e os de Dilma.
Na economia, mesmo com as incertezas à frente, ninguém se arrisca a prever um completo fracasso para o Brasil em 2011. A prevalecer esse cenário de crescimento -ainda que com alguma inflação-, dificilmente a administração Dilma será reprovada de saída nessa área.
Tudo considerado, faltam indicadores provando um iminente rompimento entre Lula e Dilma. No futuro, quem sabe. Por ora, não.
BRASÍLIA - Desde que o mundo é mundo e política é política, aliados às vezes acabam se desentendendo. No micropolítica brasiliense, as apostas já estão abertas para tentar vaticinar quando Dilma Rousseff romperá com seu mentor, Luiz Inácio Lula da Silva.
Na oposição, vigora o raciocínio clássico e sem muita lógica: "É só uma questão de tempo".
Entre os governistas e o crescente grupo já conhecido como dilmista, a avaliação é oposta, mas também desprovida de ciência: "O relacionamento deles será sempre amistoso; Dilma tem grande respeito por Lula".
Nem uma coisa nem outra. Tudo dependerá, fundamentalmente, de dois fatores. Primeiro, das pretensões político-eleitorais futuras de Lula e de Dilma. Se houver sobreposição, haverá rompimento. Segundo, do desempenho do país nos próximos quatro anos, sobretudo na economia. Ninguém gosta de ser sócio do malogro alheio.
O Brasil deve crescer 7,5% neste ano. Em 2011, dentro do governo, as previsões indicam algo entre 4% e 5%. Apesar da queda, o patamar será alto. Mas já se sabe que haverá mais inflação, o principal fator a minar o poder de compra das grandes massas -e a drenar na mesma proporção a popularidade do titular do Palácio do Planalto.
Sobre planos políticos futuros, nada indica um desejo orgânico de Lula para retornar à Presidência em 2014. Os sinais são de que pretende ter voos mais internacionais do que nacionais. Não parece haver, portanto, sobreposição entre seus interesses e os de Dilma.
Na economia, mesmo com as incertezas à frente, ninguém se arrisca a prever um completo fracasso para o Brasil em 2011. A prevalecer esse cenário de crescimento -ainda que com alguma inflação-, dificilmente a administração Dilma será reprovada de saída nessa área.
Tudo considerado, faltam indicadores provando um iminente rompimento entre Lula e Dilma. No futuro, quem sabe. Por ora, não.
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