“Importância das utopias e das ideologias confusas e racionalistas na fase inicial dos processos históricos de formação das vontades coletivas: as utopias, o racionalismo abstrato têm a mesma importâncias das velhas concepções do mundo historicamente elaboradas por acumulação de experiências sucessivas. O que importa é a crítica a qual este complexo ideológico é submetido pelos primeiros representantes da nova fase história: através desta crítica têm-se um processo de distinção e de modificação no peso relativo que os elementos das velhas ideologias possuíam: aquilo que era secundário e subordinado, ou mesmo acessório, é considerado principal, torna-se o núcleo de um novo complexo ideológico e doutrinário. A velha vontade coletiva desagrega-se em seus elementos contraditórios, porque os elementos subordinados destes últimos se desenvolvem socialmente, etc.
Depois da formação do regime dos partidos, fase histórica ligada à estandardização de grandes massas da população (comunicações, jornais, grandes cidades, etc.), os processos moleculares se manifestam com mais rapidez do que no passado, etc. “
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Antonio Gramsci (22/1/1891-27/4/1937). “Caderno do Cárcere”, p. 288-9, v. 3. Civilização Brasileira, 2007.
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