Folha de S. Paulo
Imprensa não pode repetir em 2022 a fraude
cognitiva dos dois 'extremos' quando só há um
Relatórios publicados recentemente por
entidades do setor jornalístico (Fenaj, Abraji e Abert) revelam uma explosão de
violência contra profissionais da comunicação no Brasil. São insultos, ataques
físicos, atentados, assassinatos, censura e restrições à liberdade de imprensa.
A hostilidade contra jornalistas é estimulada
pelo presidente da República e seus apoiadores. Bolsonaro já
quis dar "porrada" em repórter e mandou jornalistas à
"pqp". A truculência mira os profissionais e também o jornalismo como
atividade essencial à democracia.
Ele não dá entrevistas coletivas formais e
ministérios não se dão ao trabalho de atender à imprensa. É um generalizado
"E daí?". Não há o menor respeito e compromisso com a informação de
interesse público. O presidente se comunica por redes sociais e veículos
patrocinados pelo bolsonarismo.
As milícias digitais fazem o resto. Ao jornalismo
profissional resta reverberar as barbaridades exaladas por uma
máquina de mentiras e mistificações. Tudo isso é método de sabotagem ao papel
da imprensa. Faz parte da estratégia da extrema direita em todo o mundo na
escalada de processos autoritários.
Nenhum comentário:
Postar um comentário