sábado, 1 de outubro de 2022

Alvaro Costa e Silva - Armadilhas até o fim

Folha de S. Paulo

No debate, três candidatos uniram-se a Bolsonaro para atacar Lula

Angústia demais, emoção de menos. Uma irritante estabilidade tem marcado a campanha presidencial desde agosto: nem Lula nem Bolsonaro se movimentaram nas pesquisas além da chamada margem de erro. Se bem que o primeiro cresce, pontinho a pontinho, enquanto o segundo está estagnado, com a cabeça batendo no próprio teto. O voto útil, o voto envergonhado ou amedrontado e a abstenção de sempre vão decidir a parada.

O empenho de Lula pela vitória no primeiro turno é garantia de suspense até o fim. Aos poucos, o ex-presidente formou uma onda, uma frente eclética, com significativas adesões de última hora, um leque vermelho que vai de FHC e Joaquim Barbosa a Xuxa e Angélica. O que pode atrapalhar é o salto alto de alguns petistas.

Encurralado e abandonado até por aliados do centrão, Bolsonaro recebeu o reforço de Neymar e voltou a praticar o antijogo democrático: falsas mensagens sobre urnas e pesquisas, notas apócrifas, teorias da conspiração sobre o TSE, patriotadas, baixarias. A primeira-dama propôs um "jejum pelo Brasil", mas nem precisava: três em cada dez famílias já passam fome.

A expectativa de que o debate na Globo —que começou tarde da noite e terminou de madrugada— pudesse mudar o resultado da eleição frustrou-se. Satisfez apenas quem gosta de memes e de programas humorísticos no estilo de "A Praça é Nossa". O ponto mais baixo foi o tal padre de festa junina, que não soma 1% no Datafolha, mas teve, em combinação com o chefe, o direito de tumultuar. O curioso é que pelo menos três candidatos só estavam ali para fazer rachadinha com Bolsonaro, que conseguiu ser o menos empolgado da turma. Lula ficou no zero a zero.

Melhor notícia: até segunda-feira (3) está proibido em todo o país o transporte de armas e munições por colecionadores, atiradores, caçadores e que tais. Só será possível lamber o cano da espingarda entre quatro paredes.

 

4 comentários:

Anônimo disse...

Que discurso mais chulo, “lamber cano de arma dentro de quatro paredes “,
Conversa fiada , essa narrativa envergonha o jornalismo brasileiro, que tem uma história maravilhosa de busca da verdade na informação, hoje vocês se transformaram em cabos eleitorais do Lula ladrão , que vergonha!
que decadência!
estão querendo passar o rolo compressor em cima do povo, mas o povo já acordou pra vocês
Os brasileiros vão reeleger Bolsonaro

Anônimo disse...

"Encurralado e abandonado até por aliados do centrão, Bolsonaro recebeu o reforço de Neymar e voltou a praticar o antijogo democrático: falsas mensagens sobre urnas e pesquisas, notas apócrifas, teorias da conspiração sobre o TSE, patriotadas, baixarias"

É verdade: o bozo pratica antijogo. Vemos isso aqui neste blog, como por exemplo o comentário anônimo das 10:11 acima.
O antijogo bozal é tão ruim, tão inverídico, q causa prejuízo ao emissor: ninguém de fora da bolha bozal acredita no anônimo da 10:11.

Anônimo disse...

O jornalismo brasileiro entrou na dança da desmoralização geral e irrestrita de tudo - exército,congresso,judiciário - neste país. Mais uma vez, de Gaulle tinha mesmo razão!

ADEMAR AMANCIO disse...

O anônimo não deve ter visto o vídeo de um empresário lambendo o cano de uma arma de fogo e passeando armado pela cidade.