segunda-feira, 28 de junho de 2010

Aécio: governistas devem ter respeito

DEU EM O GLOBO

Com nome homologado ao Senado, ex-governador respondeu à provocação de Alencar

Marcelo Portela e João Guedes

BELO HORIZONTE. O ex-governador de Minas e candidato ao Senado Aécio Neves disse ontem que os governistas devem respeitar as candidaturas de oposição. Ele respondeu à provocação do vice-presidente José Alencar, que, no dia anterior, disse sentir pena dos adversários que vão disputar contra candidatos da base aliada do presidente Lula. Aécio disse que tem "enorme respeito pelo José Alencar e pelas candidaturas de oposição", e avalia que as eleições serão duras:
- Respeitaremos nossos adversários. Não vamos tripudiar sobre ninguém. Numa eleição ainda tão incerta como essa, você deveria pelo menos sugerir um pouco mais de cautela. Vamos disputar de forma altiva a eleição. Tenho ainda muita confiança de que Serra pode sair vitorioso.

As declarações de Aécio foram feitas após convenção do PSDB que homologou seu nome ao Senado na chapa encabeçada pelo governador Antonio Anastasia (PSDB), e que terá o ex-presidente Itamar Franco (PPS) ao Senado. A coligação em torno de Anastasia envolve DEM, PPS, PSB, PSC, PMN, PSL, PTB, PSDC, PDT, PTN e PTdoB. E ontem, o PRB, partido de Alencar, decidiu não seguir a orientação do vice e também aderiu à campanha tucana.

Apesar da defesa enfática de Serra na entrevista, o nome do presidenciável não teve muito espaço na festa dos tucanos mineiros. Ele foi citado só uma vez nos discursos de Anastasia e Aécio. Os dois preferiram focar os discursos na campanha estadual, na qual enfrentarão a chapa composta pelo senador Hélio Costa (PMDB).

Em Porto Alegre, numa convenção marcada pela ausência de Serra e de caciques nacionais do partido, o PSDB gaúcho lançou ontem a candidatura à reeleição da governadora Yeda Crusius. Duas grandes faixas com as fotos de Yeda e Serra foram as únicas referências no evento à corrida presidencial, já que a tucana não citou Serra em cerca de meia hora de discurso. Questionada sobre a razão de não tê-lo mencionado, Yeda disse que foi "um lapso".

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