DEU EM O GLOBO
A aprovação da Lei da Ficha Limpa pode provocar uma reviravolta na eleição para governador do Rio de Janeiro, com o ex-governador Garotinho tendendo a não disputar mais a eleição, antecipando assim o segundo turno com o apoio à candidatura de Fernando Gabeira.
Esse apoio viria de maneira indireta, através da vereadora Clarisse Garotinho, uma liderança política jovem que tem bom trânsito em setores que os pais, Garotinho e Rosinha, não alcançam.
Condenado a uma inelegibilidade de três anos, a contar de 2008, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio, por abuso de poder econômico, Garotinho tentava meios jurídicos para manter sua candidatura na convenção do PR no dia 27, até que um recurso seja julgado.
Com a aprovação da Lei da Ficha Limpa, ele terá mais uma frente de luta jurídica, o que o estaria desanimando.
A primeira alternativa que buscou foi montar uma chapa “evangélica”, com o apresentador da TV Record Wagner Montes , do PDT, — que já apareceu como candidato bem cotado nas primeiras pesquisas de opinião —, o bispo Marcelo Crivela para o Senado e ele próprio para deputado federal, uma candidatura que não exigiria grandes esforços de sua parte e que poderia ser mantida por recursos judiciais.
Mas o PDT está fechado com a candidatura à reeleição do governador Sérgio Cabral, com o apoio da sua direção nacional, e as negociações não evoluíram.
Restou ao clã Garotinho, que ainda mantém o controle de Campos, onde Rosinha é a prefeita também às voltas com a condenação à inelegibilidade, a alternativa de lutar juridicamente para manter a candidatura ao governo do estado, mesmo correndo o risco de se frustrar no meio do processo, ou apoiar a candidatura oposicionista de Fernando Gabeira, da coligação PVPSDBPPS.
Com a vantagem para Gabeira de que esse apoio viria naturalmente, sem compromissos que comprometessem sua candidatura ao governo do estado.
Até o momento a disposição do ex-governador é sair da disputa e levar o apoio de seu grupo político a Gabeira.
De uma coisa ele não abre mão: disputar a liderança política do estado com o governador Sérgio Cabral.
Mesmo fazendo parte da base aliada do governo federal, Garotinho não estaria disposto a apoiar a reeleição do governador.
Seu engajamento forçado na campanha da oposição pode levá-lo também a apoiar para presidente um dos dois candidatos da coligação de Gabeira, Marina Silva, do PV, ou José Serra, do PSDB.
A eleição do Rio, por sinal, está ganhando uma importância maior na definição da candidatura à Presidência dos tucanos, cuja coordenação nacional, por isso mesmo, queria mais destaque para o número 45 do partido na propaganda eleitoral, especialmente na televisão.
A tentativa de última hora de alterar os termos da coligação, lançando um candidato ao Senado em lugar do PPS, gerou uma crise interna que quase a inviabilizou.
Diante da possibilidade de perder um palanque fundamental no Rio, ainda mais com a perspectiva inicial de a candidatura oficial de Dilma Rousseff ter dois palanques fortes, o de Sérgio Cabral, favorito para vencer no primeiro turno, e o de Garotinho, que aparece em segundo lugar nas pesquisas com cerca de 20% da preferência do eleitorado, com força sobretudo no interior, o PSDB desistiu de mudar a formatação do consórcio partidário.
O que se busca agora é uma maneira de manter o número da legenda nas apresentações de todos os candidatos da coligação.
A coligação oposicionista já tivera uma primeira desavença também por causa da candidatura ao Senado.
O Partido Verde não queria se coligar com o DEM para apoiar a candidatura do ex-prefeito Cesar Maia e lançou a vereadora Aspásia Camargo para o Senado.
O Tribunal Superior Eleitoral, no entanto, entendeu que a coligação só poderia lançar dois candidatos na chapa, não havendo possibilidade de uma candidatura avulsa fora da coligação.
Todos esses desencontros pareciam superados ontem, quando se realizaria a convenção do PV para lançar Gabeira ao governo do estado com a presença dos candidatos Marina Silva e José Serra.
Mas há por baixo dos panos um sentimento de que a confiança entre os membros da coligação tem que ser recuperada.
O PPS sentiu-se traído com a tentativa do PSDB de tirar-lhe a candidatura ao Senado, com o agravante de que o candidato do PPS é o ex-deputado Marcelo Cerqueira, amigo dos tempos da UNE de Serra.
Também o DEM sente-se desconfortável com a rejeição do PV, uma disputa particular entre o vereador Alfredo Sirkis, que foi secretário de Cesar Maia em sua primeira encarnação como prefeito do Rio, e depois romperam.
Com tudo isso, porém, o deputado Fernando Gabeira considera que a depuração do quadro de candidaturas está revelando a verdadeira tradição política do Estado do Rio, que teria que ter um forte candidato ao governo de oposição.
Também para o Partido Verde a eleição do Rio tem especial importância, pois há sinais em diversas pesquisas de que a candidatura de Marina Silva à Presidência pode ter aqui um destaque e a impulsione no resto do país.
Apesar de o prestígio do presidente Lula ser grande no Rio, a oposição considera que um dos dois candidatos oposicionistas à Presidência tem condições de superar Dilma Rousseff, justamente pela tendência política rebelde do eleitorado do estado.
A aprovação da Lei da Ficha Limpa pode provocar uma reviravolta na eleição para governador do Rio de Janeiro, com o ex-governador Garotinho tendendo a não disputar mais a eleição, antecipando assim o segundo turno com o apoio à candidatura de Fernando Gabeira.
Esse apoio viria de maneira indireta, através da vereadora Clarisse Garotinho, uma liderança política jovem que tem bom trânsito em setores que os pais, Garotinho e Rosinha, não alcançam.
Condenado a uma inelegibilidade de três anos, a contar de 2008, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio, por abuso de poder econômico, Garotinho tentava meios jurídicos para manter sua candidatura na convenção do PR no dia 27, até que um recurso seja julgado.
Com a aprovação da Lei da Ficha Limpa, ele terá mais uma frente de luta jurídica, o que o estaria desanimando.
A primeira alternativa que buscou foi montar uma chapa “evangélica”, com o apresentador da TV Record Wagner Montes , do PDT, — que já apareceu como candidato bem cotado nas primeiras pesquisas de opinião —, o bispo Marcelo Crivela para o Senado e ele próprio para deputado federal, uma candidatura que não exigiria grandes esforços de sua parte e que poderia ser mantida por recursos judiciais.
Mas o PDT está fechado com a candidatura à reeleição do governador Sérgio Cabral, com o apoio da sua direção nacional, e as negociações não evoluíram.
Restou ao clã Garotinho, que ainda mantém o controle de Campos, onde Rosinha é a prefeita também às voltas com a condenação à inelegibilidade, a alternativa de lutar juridicamente para manter a candidatura ao governo do estado, mesmo correndo o risco de se frustrar no meio do processo, ou apoiar a candidatura oposicionista de Fernando Gabeira, da coligação PVPSDBPPS.
Com a vantagem para Gabeira de que esse apoio viria naturalmente, sem compromissos que comprometessem sua candidatura ao governo do estado.
Até o momento a disposição do ex-governador é sair da disputa e levar o apoio de seu grupo político a Gabeira.
De uma coisa ele não abre mão: disputar a liderança política do estado com o governador Sérgio Cabral.
Mesmo fazendo parte da base aliada do governo federal, Garotinho não estaria disposto a apoiar a reeleição do governador.
Seu engajamento forçado na campanha da oposição pode levá-lo também a apoiar para presidente um dos dois candidatos da coligação de Gabeira, Marina Silva, do PV, ou José Serra, do PSDB.
A eleição do Rio, por sinal, está ganhando uma importância maior na definição da candidatura à Presidência dos tucanos, cuja coordenação nacional, por isso mesmo, queria mais destaque para o número 45 do partido na propaganda eleitoral, especialmente na televisão.
A tentativa de última hora de alterar os termos da coligação, lançando um candidato ao Senado em lugar do PPS, gerou uma crise interna que quase a inviabilizou.
Diante da possibilidade de perder um palanque fundamental no Rio, ainda mais com a perspectiva inicial de a candidatura oficial de Dilma Rousseff ter dois palanques fortes, o de Sérgio Cabral, favorito para vencer no primeiro turno, e o de Garotinho, que aparece em segundo lugar nas pesquisas com cerca de 20% da preferência do eleitorado, com força sobretudo no interior, o PSDB desistiu de mudar a formatação do consórcio partidário.
O que se busca agora é uma maneira de manter o número da legenda nas apresentações de todos os candidatos da coligação.
A coligação oposicionista já tivera uma primeira desavença também por causa da candidatura ao Senado.
O Partido Verde não queria se coligar com o DEM para apoiar a candidatura do ex-prefeito Cesar Maia e lançou a vereadora Aspásia Camargo para o Senado.
O Tribunal Superior Eleitoral, no entanto, entendeu que a coligação só poderia lançar dois candidatos na chapa, não havendo possibilidade de uma candidatura avulsa fora da coligação.
Todos esses desencontros pareciam superados ontem, quando se realizaria a convenção do PV para lançar Gabeira ao governo do estado com a presença dos candidatos Marina Silva e José Serra.
Mas há por baixo dos panos um sentimento de que a confiança entre os membros da coligação tem que ser recuperada.
O PPS sentiu-se traído com a tentativa do PSDB de tirar-lhe a candidatura ao Senado, com o agravante de que o candidato do PPS é o ex-deputado Marcelo Cerqueira, amigo dos tempos da UNE de Serra.
Também o DEM sente-se desconfortável com a rejeição do PV, uma disputa particular entre o vereador Alfredo Sirkis, que foi secretário de Cesar Maia em sua primeira encarnação como prefeito do Rio, e depois romperam.
Com tudo isso, porém, o deputado Fernando Gabeira considera que a depuração do quadro de candidaturas está revelando a verdadeira tradição política do Estado do Rio, que teria que ter um forte candidato ao governo de oposição.
Também para o Partido Verde a eleição do Rio tem especial importância, pois há sinais em diversas pesquisas de que a candidatura de Marina Silva à Presidência pode ter aqui um destaque e a impulsione no resto do país.
Apesar de o prestígio do presidente Lula ser grande no Rio, a oposição considera que um dos dois candidatos oposicionistas à Presidência tem condições de superar Dilma Rousseff, justamente pela tendência política rebelde do eleitorado do estado.
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