domingo, 2 de outubro de 2011

Articulação silenciosa

Paulo de Tarso Lyra

O Palácio do Planalto não quis comentar as declarações do governador do Rio, Sérgio Cabral. Nas últimas semanas, assessores da presidente Dilma Rousseff têm reclamado da postura intransigente do governador fluminense, afirmando que a atitude mais parecia uma defesa de uma guerra civil. "O Rio ganhou muito ao longo dos oito anos do governo Lula ", disse um auxiliar da presidente.

Mas o governo começa a ficar preocupado com as dificuldades em encontrar uma saída política para a questão. Prejudicar Rio de Janeiro e Espírito Santo não é a melhor saída nesse momento. "Como você destrói o caixa de um estado que vai receber os Jogos Olímpicos, a Copa do Mundo e o encontro mundial da juventude católica e outro estado que é o segundo maior exportador do país? Não dá", resumiu um governador de estado não produtor, preocupado com as dificuldades para encontrar uma saída.

Impasses

Com o prazo esgotando, senadores aliados e alguns interlocutores palacianos começaram a vislumbrar como alternativa mais um adiamento no prazo para apreciação do veto à Emenda Ibsen. Para o senador Walter Pinheiro (PT-BA), isso não adiantaria muita coisa. "Não vamos resolver todas as questões desta vez", apontou. Um dos impasses, por exemplo, é o preço do barril tomado por base para definir as participações especiais que as petroleiras têm de pagar para explorar os campos de alta produtividade. "Essa é uma discussão muito complexa para travar nesse momento", completou.

Senadores dos estados produtores e não produtores devem se reunir na segunda ou na terça-feira, para tentar fechar um acordo e redigir um substitutivo ao projeto do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu concordo com a atitude de Cabral! Estamos Juntos!