Ex-senadora visitou ministra da corte para expor seus argumentos
Ranier Bragon
BRASÍLIA - A poucos dias de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidir se a Rede Sustentabilidade poderá disputar as eleições de 2014, a ex-senadora Marina Silva disse ontem não temer eventual rigor dos ministros da corte na análise do registro do partido.
Para que ela consiga disputar o Palácio do Planalto no ano que vem, o TSE precisa aprovar a sigla até sábado da semana que vem. O julgamento está previsto para quarta ou quinta-feira.
Ontem, a ex-senadora visitou a ministra Luciana Lóssio. Trata-se do sexto integrante do tribunal que Marina procura nos últimos dias para apresentar seus argumentos. Ao todo, sete ministros julgarão o pedido.
"Não nos preocupamos com os que estão dizendo que [os ministros] são rigorosos. Isso é totalmente compatível e vem ao encontro do rigor que tivemos", disse a ex-senadora, para quem o partido conseguiu cumprir a regra da lei que exige a coleta mínima de 492 mil assinaturas de apoio pelo país.
"Apresentamos uma série de razões pelas quais compreendemos ser justa a nossa petição de registro da Rede Sustentabilidade. Se contabilizadas as 95 mil assinaturas anuladas injustificadamente, a Rede tem mais de 550 mil assinaturas, portanto está apta ao seu registro."
A Rede apresentou ao TSE apenas 440 mil assinaturas validadas pelos cartórios eleitorais do país, 52 mil nomes a menos do que o mínimo exigido em lei.
Na noite de ontem, o partido entregou ao TSE requerimento pedindo a inclusão de novo lote de assinaturas que, segundo a Rede, faz com que o total de nomes validados chegue a 462 mil --30 mil a menos do que o exigido.
É por esse motivo que a Rede pedirá ao TSE que adote uma postura inédita e considere válidas as assinaturas que, após análise dos cartórios, foram recusadas por alguma divergência com o banco de dados oficial.
Segundo a Rede, a motivação para a recusa desses lotes de assinatura não foi divulgada pelos cartórios, o que seria ilegal na visão do partido.
Fonte: Folha de S. Paulo
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