Provável candidato tucano à Presidência mostrou animação com possibilidade de união dentro do PSDB
João Domingos
BRASÍLIA - O pré-candidato à Presidência pelo PSDB, senador Aécio Neves (MG), mostrou animação com a possibilidade de união dos tucanos depois de conversar na segunda-feira, 4, à noite com o ex-governador José Serra. Após rápido encontro com o governador Geraldo Alckmin, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Aécio disse que as divergências no PSDB podem estar chegando a um fim e chegou a defender Serra.
"Deixem o Serra trabalhar em paz. Na campanha eleitoral, quando olhar para um, vai enxergar o outro", afirmou ele.
Aécio disse que as viagens e pronunciamentos como candidato que Serra tem feito são normais. "São absolutamente legítimas as viagens que o Serra faz. É positivo para todos nós que ele possa ser mais uma voz permanente de oposição ao governo", afirmou o senador.
Sobre as tensões entre os dois, ele deu a entender que estão acabando. "Não há nenhuma tensão entre nós. Temos conversado, Serra e eu, muito mais do que vocês imaginam. Tudo está sendo construído com base naquilo que é melhor para o partido. Não há tensão. Para desalento de todos aqueles que apostaram contra, nós vamos estar juntos."
Segundo Aécio, um objetivo comum une ele e Serra. "Temos um objetivo em comum, que é encerrar esse ciclo de governo do PT. Porque ambos pensamos da mesma forma. Os prejuízos que esse governo do PT está trazendo ao Brasil são enormes. Mais um mandato de governo do PT vai ser dramático para o País, seja na condução da economia, seja na credibilidade que já está comprometida no exterior, seja pela capacidade gerencial do Brasil, que aí está posta."
Para Aécio, hoje o governo faz muito mais campanha do que administra. "Na verdade não temos mais uma presidente da República full time. Nós temos uma candidata full time. Até nos finais de semana, nos feriados, ela faz campanha eleitoral."
Aécio comentou ainda a proposta dos deputados para que ele antecipe o lançamento da candidatura à Presidência ainda neste mês ou em dezembro, mas disse que isso si vai ocorrer quando houver consenso. "Tudo o que fizermos será com base no entendimento. Não acho necessária a antecipação. Será no momento certo. Pode ser março? Pode. Se todos nós acharmos que deve ser antes, será antes, mas a partir de um grande entendimento entre nós."
Fonte: O Estado de S. Paulo
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