Ana Fernandes e Isadora Peron - Agência Estado
O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, ressaltou sua experiência como gestor e falou sobre segurança pública, em aparição na televisão aberta nesta quarta-feira. No programa A Tarde é Sua, apresentado por Sônia Abrão na Rede TV, Campos afirmou que a experiência é importante para o cargo de presidente que ele "quer e vai assumir". O presidenciável ressaltou sua experiência como secretário da Fazenda de Pernambuco, como ministro da Ciência e Tecnologia e como governador de Pernambuco durante sete anos e três meses. E disse que tanto ele quanto a vice em sua chapa, a ex-senadora Marina Silva "querem oferecer uma nova oportunidade para o Brasil."
Com relação à segurança, Campos citou o programa que implementou em seu Estado, chamado Pacto pela Vida, que segundo ele foi fundamental para melhorar a coleta de dados sobre a criminalidade. "O programa aperfeiçoou o sistema de coletas de dados e informação", defendeu e citou que Pernambuco foi o único Estado brasileiro a reduzir índices de violência por sete anos consecutivos. O pré-candidato defendeu ainda ampliar políticas de educação, cultura e esporte em áreas críticas para a segurança pública. E prometeu que, se eleito, vai convocar todos os setores da sociedade em prol do Pacto pela Vida.
O ex-governador de Pernambuco repetiu a crítica de que o governo federal tem sido omisso com relação à segurança pública e que a Polícia Federal perdeu 3 mil policiais de seus efetivos, prejudicando a fiscalização das fronteiras. "O fermento da violência é a impunidade", disse.
Questionado sobre o Bolsa Família, uma das bandeiras do governo do PT, o pré-candidato voltou a defender o programa. Ele afirmou que é importante para "milhões e milhões de famílias" que têm no programa uma "renda certa" mensalmente, mas disse ser a favor de ''políticas de saída'', que é preciso ir além desse programa assistencial. "Precisamos fazer com que aquele público seja prioritário para outras politicas públicas", disse, defendendo avanços na educação e na qualificação profissional.
Campos falou também sobre economia e voltou a tecer críticas sobre as questões que considera de maior impacto para o bolso da população: inflação e endividamento. "Estamos com juros de 60% e as famílias estão devendo. A inflação está corroendo os salários", disse. Segundo ele, o crescimento do Brasil nunca foi tão baixo quanto nos quatro anos do governo da presidente Dilma Rousseff. "O dinheiro (do trabalhador) está curto e não está dando para o mês inteiro, os preços estão subindo."
O presidenciável do PSB chegou a dizer que desde a época do Marechal Deodoro da Fonseca todos os mandatários do Brasil entregam para seus sucessores um País melhor. "Lula (ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva) entregou a Dilma um País melhor, FHC (ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso) entregou a Lula um País melhor. Mas o País piorou com o governo Dilma. O País não está feliz (com Dilma), por isso vai mudar (nessas eleições)", frisou. Nas críticas à gestão da petista, além de falar da economia, Campos disse que "a mobilidade está um horror nos Estados", e abordou ainda a educação, dizendo que é preciso universalizar o ensino. "Meu sonho é não ter escolas para ricos e para pobres."
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