quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Bruno Boghossian - O apelo final aos evangélicos

Folha de S. Paulo

Variação de 4% dos votos nesse segmento pode fazer diferença nas contas do próximo domingo

Se Lula só precisa de um punhado de votos para garantir uma vitória no próximo domingo, Jair Bolsonaro sabe que também não depende de um grande número para forçar a realização do segundo turno. Os esforços mais pragmáticos da campanha à reeleição se concentram em duas direções: travar o fluxo de novas adesões ao ex-presidente e tirar do petista ao menos alguns eleitores.

Roubar votos a esta altura de uma disputa tão consolidada é tarefa difícil, mas os bolsonaristas voltaram suas baterias para um segmento que seria mais permeável ao discurso do presidente: os evangélicos.

O cálculo parte da premissa de que uma variação de 1% no placar final da disputa, para um lado ou outro, pode determinar o resultado. Como os evangélicos representam um quarto do eleitorado, um movimento de 4% deles poderia fazer diferença no quadro geral da corrida.

Não é pouco. Bolsonaro só provocaria um dano razoável à campanha de Lula se conseguisse reverter a escolha de um em cada dez evangélicos que hoje declaram voto no petista.

Também não é uma missão fora da realidade. Atualmente, Lula aparece no Datafolha com 32% entre os evangélicos no primeiro turno, mas ele chegou a marcar 28% nesse eleitorado há pouco mais de duas semanas.

A equipe de Bolsonaro faz uma campanha constante para ampliar a rejeição a Lula no segmento. No debate de sábado (24), o candidato Padre Kelmon serviu de língua de aluguel para pedir que os cristãos não permitam "a volta da esquerda".

Nos dias seguintes, dois auxiliares do presidente fizeram postagens que associam Lula à perseguição religiosa e ao aborto. "Mande esse vídeo no grupo da sua igreja", escreveu um assessor de Bolsonaro no Twitter.

O voto evangélico era visto como crucial pela campanha de Bolsonaro, mas se mostrou insuficiente. O presidente já está próximo dos números que registrou nesse eleitorado em 2018, considerados excelentes até por pastores aliados. Sem margem para crescer muito mais, restou a ele buscar o desgaste de Lula.

 

5 comentários:

ADEMAR AMANCIO disse...

Eu torço pro Lula ganhar,mas torço mais ainda pela pacificação do País,chega de violência e ódio,fiquem todos na paz.

Anônimo disse...

O q leva um articulista a escrever uma aulinha pra melhorar os votos de um concorrente?

Nenhuma opinião sobre "Nos dias seguintes, dois auxiliares do presidente fizeram postagens que associam Lula à perseguição religiosa e ao aborto"?

Qual sua opinião sobre esta gigantesca mentira? Quem são estes 2 auxiliares do bozo?
Não percebe q isso é crime?
Estou indignado com seu alheamento e com SUA FALTA DE INDIGNAÇÃO, caro articulista, diante de comportamentos tão inaceitáveis.
É como aquele q filma um assassinato, sem intervir ou opinar, apenas pra faturar posteriormente com os likes.
É triste.

Anônimo disse...

Daniel Ortega, ditador de esquerda da Nicarágua, declarou guerra à igreja católica
Ele está aprendendo bispos , padres , proibindo procissões vandalisando os templos religiosos
Lula perguntado disse que não se mete em problemas dos outros pais
Só que quando era presidente financiou diversas obras na Nicarágua com dinheiro do imposto do brasileiro desviado pelo BNDS que ficou no calote
Os dois em 1993 fundaram o foro de São Paulo , organização socialista que visa unificar América Latina em um continente comunista

Anônimo disse...

Deixe de bobagem, gado. Pare de mentir.
Bozo é aliado de um ditador árabe q proíbe o catolicismo.
ENTÃO DEIXE DE BOBAGEM, GADO!
O PAÍS PIOROU, A MISÉRIA AUMENTOU E VC VEM COM ESTE PAPO FURADO DE NICARÁGUA?
NUM É GADO; É RATO.

ADEMAR AMANCIO disse...

Só Jesus na causa,literalmente.