• Queda de maio de 2014 em relação a maio de 2013 foi a mais intensa na comparação anual desde novembro de 2009; em relação a abril, emprego industrial recuou 0,7%
Daniela Amorim - Agência Estado
RIO - A desaceleração da atividade pela qual passa a economia já afeta os empregos na indústria. Em maio, o total do pessoal ocupado assalariado na indústria recuou 0,7%, segundo a Pesquisa Industrial Mensal: Emprego e Salário divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na leitura anterior, o emprego no setor já tinha encolhido 0,4%.
Em relação a maio do ano passado, o emprego industrial teve queda de 2,6% em maio deste ano, o 32º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde novembro de 2009, quando caiu 3,7%.
No acumulado de 2014, o total do pessoal ocupado na indústria já diminuiu 2,2%. Nos últimos 12 meses, o emprego industrial encolheu 1,7%.
Horas pagas. O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria teve redução de 0,8% em maio ante abril. Na leitura anterior, as horas pagas tinham registrado ligeiro aumento de 0,1%, interrompendo dois meses seguidos de taxas negativas, período em que acumularam perda de 0,5%.
Na comparação com maio do ano passado, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria recuou 3,3%, a 12ª taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto e a mais intensa desde outubro de 2009 (-5,3%).
No acumulado do ano, o número de horas pagas na indústria teve retração de 2,7%, enquanto a taxa em 12 meses registra queda de 2,0%.
Folha de pagamento. O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria aumentou 1,9% em maio. A folha já tinha aumentado 0,5% no mês anterior.
Em maio, houve taxas positivas tanto na indústria de transformação (0,6%) quanto no setor extrativo (34,3%), puxado pelo pagamento de participação nos lucros e resultados em importante empresa do setor, ressaltou o IBGE.
Na comparação com maio do ano anterior, o valor da folha de pagamento da indústria teve expansão de 1,4%, o quinto resultado positivo consecutivo nesse tipo de confronto. No ano, a folha de pagamento aumenta 1,7%. Em 12 meses, houve crescimento de 0,9%, confirmando perda de ritmo em relação aos resultados verificados em janeiro (1,6%), fevereiro (1,5%), março (1,4%) e abril (1,2%).
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