sábado, 21 de setembro de 2024

Alvaro Costa e Silva - Os micos do delegado bolsonarista

Folha de S. Paulo

Longe de Paes, bolsonarista se comparou a otário e já gastou R$ 21 milhões

Ancorado na maior quantia de verba pública de toda a história das eleições municipais, o PL já investiu mais de R$ 21 milhões para fazer de Alexandre Ramagem o prefeito do Rio. O valor supera a soma de todos os outros candidatos que fizeram prestações de contas, e os gastos devem aumentar até outubro. O resultado é risível. O delegado corre o risco de se transformar no novo mico da política carioca –superando o voto de protesto no Macaco Tião, em 1988.

É um monte de dinheiro que escorre pelo ralo, utilizado em pesquisas e testes, na produção de programas de rádio, televisão e vídeo, adesivos, bandeiras, panfletos, jingles, cabos eleitorais e sobretudo no pagamento de marqueteiros, alguns oriundos do gabinete do ódio de Bolsonaro. Na Quaest, Eduardo Paes (PSD) aparece com 57% e Ramagem, com 18%; o Datafolha aponta 59% contra 17%.

A campanha de Ramagem –nome desconhecido da população, sem experiência administrativa– sobressai desde o início pelos equívocos. Após Pablo Marçal se assumir como "idiota", o bolsonarista se declarou "otário" em sua primeira aparição no horário gratuito. A ideia era combater a suposta malandragem do principal adversário, mas o tom provocador e sem sentido pegou mal.

Na pré-campanha, o PL apostava na pulverização das candidaturas para tentar forçar um segundo turno entre Paes e Ramagem. Havia pelo menos três candidatos ao estilo do padre de quermesse que ajudou Bolsonaro na disputa com Lula. A função deles seria atacar de formas distintas a gestão municipal.

Quebrador da placa em homenagem a Marielle, Rodrigo Amorim (União Brasil) assumiria o papel de brucutu de camiseta preta, enquanto Marcelo Queiroz (PP) o de homem cordato, defensor dos pets. Otoni de Paula (MDB) atuaria junto aos segmentos evangélicos –só que Otoni, numa reviravolta, hoje coordena as ações do prefeito.

Chegou a hora de Michelle, Flávio, Carlos e Jair colarem em Ramagem, em mais uma tentativa de nacionalizar o pleito. Mas, ao que parece, Inês está morta e não irá subir no carro de som.

 

4 comentários:

Mais um amador disse...

Que a famiglia Bolsonaro e afins afundem na fossa e no lamarçal.

😏😏😏

Daniel disse...

A familícia Bolsonaro nasceu no esgoto e está retornando pra ele com os milicianos que emergiram com ela.

Anônimo disse...

Otários são os minions que agora bancam o Agente 86 do PL.

ADEMAR AMANCIO disse...

Reinaldo Azevedo também diz ''padre de quermesse'',eu chamo de ''padre de quadrilha'',a candidata disse ''padre de festa junina''.