BRASÍLIA - A revelação da potencial fraude na Caixa Econômica Federal alimentou dentro da base aliada uma discussão sobre a possibilidade de instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o banco. O Planalto já recebeu sinais do risco.
O ingrediente principal identificado pelos governistas é que existe o que chamam de "mágoa da Caixa" em PMDB, PDT, PR, PP e PC do B por demandas não atendidas, especialmente por conta da liberação de emendas -mecanismo que atende a redutos políticos.
Após o ministério autorizar a liberação dos recursos, a Caixa atua como intermediária, participando de execução e supervisão dos convênios. Segundo técnicos da comissão do Orçamento, o banco recebe cerca de 3% do valor do contrato.
A Folha questionou a Caixa sobre seu papel, mas não obteve resposta até a conclusão desta edição.
A Caixa já é palco de uma disputa política entre PT e PMDB por seu controle.
O PMDB atribui ao presidente do banco, o petista Jorge Hereda, uma campanha contra o vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, Fabio Cleto, indicado pelo PMDB.
A orientação do Planalto é de distensionar a relação entre Hereda e Cleto. Na avaliação do PMDB, o partido perderá os postos na Caixa se não "baixar as armas" na relação com os petistas.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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