“Vamos lutar pela democracia, pelas liberdades, entre elas a de expressão e de informação, e pela República, com uma política de frente democrática para enfrentar o governo que aí está. Os problemas vão além do campo econômico, área em que o PT tem se mostrado desastroso. Há uma falta de compromisso do governo com a democracia e com a República e uma amostra disso é o projeto de regulação da mídia que o Planalto se prepara para implantar.”
Roberto Freire, deputado federal e presidente nacional do PPS. Entrevista ao Portal do PPS, Brasília, 29 de dezembro de 2014
Um comentário:
Prezado Deputado,
Não sou médico, mas, por experiência de vida aprendi que ao defrontar-se com um paciente em estado grave, próximo a óbito, a primeira providência tomada pelos profissionais é a de restabelecer sinais vitais e estabilizar o paciente para que novas ações sejam empreendidas.
Por quê essa citação?
Primeiramente por crer firmemente que não estamos em condições físicas, psicológicas e financeiras para empreendermos qualquer tipo de luta. Mesmo porque luta não seria, a meu ver, a palavra apropriada ao conjunto de providências necessárias para tirar o paciente, no caso o Brasil, do quadro terminal em que se encontra.
A primeira pergunta que surge é: em quem confiar para alinhavar um pacto de homens honestos, probos e dispostos, acima de tudo, a por as mãos na massa falida em que o país foi transformado?
Os há, claro que os há, porém, certamente são poucos e tão desiludidos que desconfiam uns dos outros. O pior que poderia haver sucedido para a sociedade brasileira, razão de ser dessa nacionalidade, seria a perda da confiança em seus representantes, seus governantes e principalmente em seus concidadãos.
Como falar em Democracia se sequer abandonamos no diálogo político o patoá obsoleto que define grupos de pensamento por sentidos de orientação.
Os poucos mais esclarecidos que têm condições de interessarem-se em acompanhar o desenrolar dos fatos, assistem ao desfile, um a um, os maiores descalabros sem perceber qualquer contrapartida que vá além dos discursos e manifestações de indignação política lamentando por interesses individuais ou de grupos que foram atingidos de maneira devastadora.
República! Quantos homens públicos, aí incluídas todos os tipos e espécies, sabem o significado semântico dessa palavra que emoldura o título que identifica nosso país?
De que vale uma república sem pacto nacional equilibrado, desprovido de casuísmos e reconhecimentos personalistas de grupos ou setores?
A regulação da mídia, eufemismo canalha para encobrir seu verdadeiro propósito que é a censura, já existe hoje. As contas publicitárias do governo provam de sobejo. Resta um recrudescimento que aliado à censura imposta à Internet sepultará de vez qualquer contraditório, crítica ou tentativa de esclarecimento da opinião pública.
Se sem esse mecanismo perverso a mentira campeia franca e solta pelos números da transparência imaginada por muitos, que dirá quando o "congreço" referendar o pleito acalentado por José Dirceu e sua corja, com destaque para Falcões e Berzoinis, sem esquecermos de Tarsos e Gilbertos.
Anátema! Insisto em lembrar Camões em Inês de Castro: "Agora Inês é morta". De que adianta coroa-la rainha?
O Estado está podre e na podridão grassam os ratos, vorazes em seu apetite por fatias maiores que não se cansam de sorver embora já regurgitem de tão fartos estarem seus bandulhos.
Problemas econômicos se solucionam com competência aplicada, honestidade que avalize créditos e, acima de tudo, muito, muito, trabalho.
A quem cabe providenciar esses pressupostos, não dispõe de competência, de honestidade e já pôs o crédito do país em curso anormal há algum tempo.
O quê fazer já sabemos. Terá Sua Excelência alguma sugestão de como fazer e com quem contar para tal?
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