Em entrevista à Band neste sábado, o ministro do Supremo disse que seu ex-colega é 'pessoa capaz'; ex-ministro do STF pode se lançar à Presidência pelo PSB
Victoria Abel | O Estado de S.Paulo
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse, neste sábado, 5, que, caso seu ex-colega de Corte Joaquim Barbosa se lance à Presidência, "teria imensa dificuldade de dialogar com políticos". Barbosa se filiou em 6 de abril ao PSB, mas ainda não admitiu abertamente que entrará na disputa.
Em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, programa Brasil Urgente da Band, Gilmar foi questionado sobre o que achava da possível candidatura do ex-ministro relator do mensalão no Supremo. "É uma pessoa capaz, que tem bons propósitos, mas eu ainda vejo que terá imensa dificuldade de dialogar com políticos", afirmou. O programa foi ao ar na tarde deste sábado.
Na pesquisa do Ibope, divulgada em 24 de abril, Barbosa aparece em quarto lugar, com 9% de intenção de voto, em um cenário sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato. O ex-ministro fica atrás do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e da ex-senadora Marina Silva (Rede).
"Imagino que se exija muita flexibilidade para isso (ser político). Quando se fala em carreira política, em geral, o indivíduo foi vereador, foi prefeito, foi deputado estadual e aí, numa fila, consegue ser deputado federal. Isso não significa apenas uma certa oportunidade de carreira, significa uma preparação, um aprendizado para esse processo", completou Gilmar, quando questionado se Barbosa seria uma pessoa de temperamento difícil.
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