DEU EM O GLOBO
Para deputado, é hora de fazer mudanças e levar um novo grupo ao poder
Catarina Alencastro e Evandro Éboli
BRASÍLIA. Num discurso bastante aplaudido, o deputado Fernando Gabeira aproveitou a Convenção Nacional do PV, que lançou a candidatura à Presidência da senadora Marina Silva, para atacar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Gabeira, o petista “frustrou os sonhos” dos brasileiros que o elegeram.
Usando o fato de o Palácio do Planalto, sede do Executivo, estar em obra, o deputado disse que agora é hora de reformar também na política e pôr um novo grupo no poder.
— Lutamos para colocar nosso grupo (lá). E conseguimos.
Há oito anos que eles estão aí. Mas nossos sonhos foram frustrados. Vamos de novo lutar para colocar outro grupo, para ver se agora melhora — afirmou.
Críticas à política externa do governo Lula
Antes do discurso, no palco, Gabeira não estava muito à vontade. Em alguns momentos parecia enfadado, o que foi interpretado por alguns dos seus colegas do PV como um “certo ressentimento” por não ter contado com a presença de Marina no lançamento de sua candidatura ao governo do Rio — numa aliança com o PSDB de José Serra, adversário de Marina na disputa presidencial.
Gabeira passou a maior parte do tempo em que esteve no palco junto com parentes e outras líderes do PV, de braços cruzados e semblante sério. Em sua fala, no entanto, defendeu a candidata, lembrando que a senadora é hoje uma pessoa respeitada internacionalmente.
— Achávamos que a campanha seria limitada a duas propostas.
Uma proposta de bens materiais e outra de bens materiais — atacou, em referência às candidaturas da petista Dilma Rousseff e de Serra.
Falando do poder “transformador” do ensino, Gabeira lembrou a trajetória de Marina, alfabetizada aos 16 anos. O deputado reafirmou que a educação será o principal foco de um eventual governo do PV. Falando em direção ao teólogo Leonardo Boff e ao poeta Thiago de Mello, que também discursaram, Gabeira disse que, embora os dois não sejam ricos do ponto de vista material, esbanjam riqueza intelectual. Os dois gostaram do comentário, riram e deram um aperto de mão, em aprovação.
O deputado também defendeu o combate ao aquecimento global e, em outra alfinetada no governo Lula, criticou indiretamente a política de aproximação com o Irã.
Também criticou a falta de ação de Lula contra o desrespeito aos direitos humanos praticado em Cuba.
— Temos que pensar nos (cidadãos) verdes do Irã. Não porque são ecológicos, mas porque são democratas e nós lutamos por isso. Temos que nos solidarizar com os presos política de Cuba — disse Gabeira.
Demonstrando afinidade com as bandeiras ecológicas de Marina, Boff disse, no discurso, que passava dois meses por ano no Acre e que a defesa da “Mãe Terra” deve estar no centro das preocupações políticas. Segundo Boff, Marina é a mais indicada para a missão porque “nunca abandonou a floresta e a carrega no seu coração”.
— A Terra está crucificada.
Precisamos baixá-la da cruz e ressuscitá-la. O político precisa colocar a vida, a Terra, a Mãe Terra no centro das preocupações — disse.
Para deputado, é hora de fazer mudanças e levar um novo grupo ao poder
Catarina Alencastro e Evandro Éboli
BRASÍLIA. Num discurso bastante aplaudido, o deputado Fernando Gabeira aproveitou a Convenção Nacional do PV, que lançou a candidatura à Presidência da senadora Marina Silva, para atacar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Gabeira, o petista “frustrou os sonhos” dos brasileiros que o elegeram.
Usando o fato de o Palácio do Planalto, sede do Executivo, estar em obra, o deputado disse que agora é hora de reformar também na política e pôr um novo grupo no poder.
— Lutamos para colocar nosso grupo (lá). E conseguimos.
Há oito anos que eles estão aí. Mas nossos sonhos foram frustrados. Vamos de novo lutar para colocar outro grupo, para ver se agora melhora — afirmou.
Críticas à política externa do governo Lula
Antes do discurso, no palco, Gabeira não estava muito à vontade. Em alguns momentos parecia enfadado, o que foi interpretado por alguns dos seus colegas do PV como um “certo ressentimento” por não ter contado com a presença de Marina no lançamento de sua candidatura ao governo do Rio — numa aliança com o PSDB de José Serra, adversário de Marina na disputa presidencial.
Gabeira passou a maior parte do tempo em que esteve no palco junto com parentes e outras líderes do PV, de braços cruzados e semblante sério. Em sua fala, no entanto, defendeu a candidata, lembrando que a senadora é hoje uma pessoa respeitada internacionalmente.
— Achávamos que a campanha seria limitada a duas propostas.
Uma proposta de bens materiais e outra de bens materiais — atacou, em referência às candidaturas da petista Dilma Rousseff e de Serra.
Falando do poder “transformador” do ensino, Gabeira lembrou a trajetória de Marina, alfabetizada aos 16 anos. O deputado reafirmou que a educação será o principal foco de um eventual governo do PV. Falando em direção ao teólogo Leonardo Boff e ao poeta Thiago de Mello, que também discursaram, Gabeira disse que, embora os dois não sejam ricos do ponto de vista material, esbanjam riqueza intelectual. Os dois gostaram do comentário, riram e deram um aperto de mão, em aprovação.
O deputado também defendeu o combate ao aquecimento global e, em outra alfinetada no governo Lula, criticou indiretamente a política de aproximação com o Irã.
Também criticou a falta de ação de Lula contra o desrespeito aos direitos humanos praticado em Cuba.
— Temos que pensar nos (cidadãos) verdes do Irã. Não porque são ecológicos, mas porque são democratas e nós lutamos por isso. Temos que nos solidarizar com os presos política de Cuba — disse Gabeira.
Demonstrando afinidade com as bandeiras ecológicas de Marina, Boff disse, no discurso, que passava dois meses por ano no Acre e que a defesa da “Mãe Terra” deve estar no centro das preocupações políticas. Segundo Boff, Marina é a mais indicada para a missão porque “nunca abandonou a floresta e a carrega no seu coração”.
— A Terra está crucificada.
Precisamos baixá-la da cruz e ressuscitá-la. O político precisa colocar a vida, a Terra, a Mãe Terra no centro das preocupações — disse.
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