DEU EM O GLOBO
Ex-presidente elogia performance de Serra diante do "rolo compressor do governo"
Gilberto Scofield Jr
SÃO PAULO. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez no momento de sua votação, ontem — no Colégio Nossa Senhora de Sion, em Higienópolis — duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à candidata do PT, Dilma Rousseff. Ele elogiou a performance do candidato tucano, José Serra, diante do que chamou de “rolo compressor do governo”. Para ele, que de manhã já acreditava num segundo turno, o desempenho de Serra e do seu partido, o PSDB, podem ser considerados muito bons diante da pressão de Lula para eleger candidatos do seu partido e de aliados.
Mas as críticas mais afiadas ficaram mesmo para Dilma. Ao ser indagado sobre a possibilidade de transferência expressiva de votos do presidente Lula para ela, FH a chamou de fantoche.
— Se tivesse ocorrido transferência de voto, ela teria 80% (aprovação de Lula). Houve transferência, mas o que está se demonstrando é que, apesar da aprovação do Lula, a candidata não conseguiu a mesma coisa. O importante é ter vontade política própria, capacidade de liderança.
Tem que ter políticos reais e não fantoches — disse ele, que votou às 10h30m, acompanhado do secretário municipal de Cultura, Andrea Matarazzo.
Fernando Henrique chamou Lula de “chefe de facção” por desconsiderar a liturgia do cargo de presidente e fazer campanha aberta por candidatos da coligação petista: — Não é fácil o rolo compressor do governo. Nunca houve igual na História da República.
Como o Lula gosta de dizer, nunca antes neste país. Nunca neste país nenhum presidente fez tanta pressão para ganhar uma eleição, e não obstante, está aí gemendo, chorando, vendo se vai, não vai. Claro, o que é chefe de facção? O presidente representa o país, ele tem um partido. Ele pode e deve expressar o seu partido, mas não pode se transformar em um instrumento de pressão contra o outro, que é o seu adversário, e transformá-lo em inimigo, falar em eliminar o inimigo.
Você deixa de ser chefe da nação para ser chefe de um pedaço.
Facção é um pedaço.
Ex-presidente elogia performance de Serra diante do "rolo compressor do governo"
Gilberto Scofield Jr
SÃO PAULO. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez no momento de sua votação, ontem — no Colégio Nossa Senhora de Sion, em Higienópolis — duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à candidata do PT, Dilma Rousseff. Ele elogiou a performance do candidato tucano, José Serra, diante do que chamou de “rolo compressor do governo”. Para ele, que de manhã já acreditava num segundo turno, o desempenho de Serra e do seu partido, o PSDB, podem ser considerados muito bons diante da pressão de Lula para eleger candidatos do seu partido e de aliados.
Mas as críticas mais afiadas ficaram mesmo para Dilma. Ao ser indagado sobre a possibilidade de transferência expressiva de votos do presidente Lula para ela, FH a chamou de fantoche.
— Se tivesse ocorrido transferência de voto, ela teria 80% (aprovação de Lula). Houve transferência, mas o que está se demonstrando é que, apesar da aprovação do Lula, a candidata não conseguiu a mesma coisa. O importante é ter vontade política própria, capacidade de liderança.
Tem que ter políticos reais e não fantoches — disse ele, que votou às 10h30m, acompanhado do secretário municipal de Cultura, Andrea Matarazzo.
Fernando Henrique chamou Lula de “chefe de facção” por desconsiderar a liturgia do cargo de presidente e fazer campanha aberta por candidatos da coligação petista: — Não é fácil o rolo compressor do governo. Nunca houve igual na História da República.
Como o Lula gosta de dizer, nunca antes neste país. Nunca neste país nenhum presidente fez tanta pressão para ganhar uma eleição, e não obstante, está aí gemendo, chorando, vendo se vai, não vai. Claro, o que é chefe de facção? O presidente representa o país, ele tem um partido. Ele pode e deve expressar o seu partido, mas não pode se transformar em um instrumento de pressão contra o outro, que é o seu adversário, e transformá-lo em inimigo, falar em eliminar o inimigo.
Você deixa de ser chefe da nação para ser chefe de um pedaço.
Facção é um pedaço.
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